Adesão à higienização das mãos em pontos críticos do cuidado

Nai-Chung Nelson Chang ; Heather Schacht Reisinger ; Marin L Schweizer ; Ichael Jones ; Elizabeth Chrischilles ; Margaret Chorazy ; Charles Huskins
Título original:
Hand Hygiene Compliance at Critical Points of Care
Resumo:

Resumo
Contexto: A maioria dos artigos sobre higienização das mãos discute a adesão geral ou em momentos específicos. Esses momentos variam no nível de risco que representam para os pacientes no caso de falta de adesão pelos profissionais da saúde. Avaliamos de que forma o tipo de tarefa afeta a adesão à higienização das mãos pelos profissionais da saúde.
Métodos: Conectamos as tarefas consecutivas realizadas por profissionais da saúde individuais durante as Estratégias para Redução da Transmissão de Bactérias Resistentes a Antimicrobianos em Unidades de Terapia Intensiva (a estratégia STAR*ICU, na sigla em inglês) em sequências de cuidado, e então identificamos pares de tarefas — duas tarefas consecutivas e a oportunidade de higienização das mãos existente entre elas. Definimos as tarefas como críticas e/ou contaminantes. Determinamos a probabilidade de ocorrência de tarefas críticas e contaminantes e a probabilidade de adesão à higienização das mãos usando a regressão logística com ajuste para efeitos aleatórios por precauções de isolamento, uso de luvas, tipo de profissional da saúde e adesão em oportunidades anteriores.
Resultados: Os profissionais da saúde demonstraram menor propensão a higienizar as mãos antes de realizar tarefas críticas do que antes de outras tarefas (odds ratio ajustado [aOR], 0,97 [intervalo de confiança {IC} de 95%, 0,95-0,98]) e a higienizar as mãos após realizar tarefas contaminantes do que após outras tarefas (aOR, 1,12 [IC 95%, 1,10-1,13]). Os enfermeiros realizaram a maior parte das tarefas críticas e contaminantes, mas a sua adesão à higienização das mãos foi melhor que a dos médicos (aOR, 0,94 [IC 95%, 0,91-0,97]) e de outros profissionais da saúde (aOR, 0,87 [IC 95%, 0,87-0,94]).
Conclusões: Os profissionais da saúde demonstraram maior propensão a higienizar as mãos após realizar tarefas contaminantes do que antes de tarefas críticas, sugerindo que os hábitos e a sensação de repugnância podem influenciar a adesão à higienização das mãos. Estas informações podem ser incorporadas às intervenções para melhorar as práticas de higienização das mãos, particularmente antes de tarefas críticas e depois de tarefas contaminantes.
 

Resumo Original:

Abstract
Background: Most articles on hand hygiene report either overall compliance or compliance with specific hand hygiene moments. These moments vary in the level of risk to patients if healthcare workers (HCWs) are noncompliant. We assessed how task type affected HCWs' hand hygiene compliance.
Methods: We linked consecutive tasks individual HCWs performed during the Strategies to Reduce Transmission of Antimicrobial Resistant Bacteria in Intensive Care Units (STAR*ICU) study into care sequences and identified task pairs-2 consecutive tasks and the intervening hand hygiene opportunity. We defined tasks as critical and/or contaminating. We determined the odds of critical and contaminating tasks occurring, and the odds of hand hygiene compliance using logistic regression for transition with a random effect adjusting for isolation precautions, glove use, HCW type, and compliance at prior opportunities.
Results: Healthcare workers were less likely to do hand hygiene before critical tasks than before other tasks (adjusted odds ratio [aOR], 0.97 [95% confidence interval {CI}, .95-.98]) and more likely to do hand hygiene after contaminating tasks than after other tasks (aOR, 1.12 [95% CI, 1.10-1.13]). Nurses were more likely to perform both critical and contaminating tasks, but nurses' hand hygiene compliance was better than physicians' (aOR, 0.94 [95% CI, .91-.97]) and other HCWs' compliance (aOR, 0.87 [95% CI, .87-.94]).
Conclusions: Healthcare workers were more likely to do hand hygiene after contaminating tasks than before critical tasks, suggesting that habits and a feeling of disgust may influence hand hygiene compliance. This information could be incorporated into interventions to improve hand hygiene practices, particularly before critical tasks and after contaminating tasks.

Fonte:
Clinical infectious diseases ; 5(72): 814-820; 2021. DOI: 10.1093/cid/ciaa130..