Comparação da efetividade das técnicas de higienização das mãos na redução da carga microbiana e na cobertura da superfície das mãos dos profissionais da saúde: uma revisão sistemática atualizada

Lesley Price ; Lucyna Gozdzielewska ; Ayodeji Matuluko ; Didier Pittet ; Benedetta Allegranzi ; Jacqui Reilly
Título original:
Comparing the effectiveness of hand hygiene techniques in reducing the microbial load and covering hand surfaces in healthcare workers: updated systematic review
Resumo:

Resumo
Contexto: Esta revisão, encomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), examinou a efetividade da técnica de higienização das mãos (HM) em 6 etapas da OMS na redução da carga microbiana e na cobertura da superfície das mãos, comparando a sua efetividade com outras técnicas.
Métodos: Fizemos pesquisas nas bases de dados Medline, CINAHL, ProQuest, Web of Science, Mednar e Google Scholar em busca de estudos primários, publicados em inglês entre 1978 e fevereiro de 2021, que avaliassem a efetividade microbiológica ou a cobertura da superfície das mãos de diferentes técnicas de HM entre profissionais da saúde. Revisores independentes realizaram a avaliação da qualidade utilizando as ferramentas Cochrane. O protocolo da revisão narrativa foi registrado (PROSPERO 2021: CRD42021236138).
RESULTADOS: Avaliamos um total de 9 estudos. As evidências demonstraram que a técnica da OMS reduziu a carga microbiana nas mãos. Um estudo considerou que a técnica da OMS era mais eficaz do que a técnica em 3 etapas (p=0,02), enquanto outro não encontrou diferenças entre as duas técnicas (p=0,08). Uma técnica em 3 etapas adaptada foi mais eficaz do que a técnica da OMS em ambientes de laboratório (p=0,021), mas não na prática clínica (p=0,629). Um estudo demonstrou que uma técnica adaptada em 6 etapas era mais eficaz do que a técnica da OMS (p=0,001). As evidências foram heterogêneas em relação ao tempo de aplicação, produto e volume. Todos os estudos apresentaram um alto risco de vieses.
Conclusões: Oito estudos constataram que a técnica em 6 etapas da OMS reduziu a carga microbiana nas mãos dos profissionais da saúde; no entanto, os trabalhos foram heterogêneos e são necessários mais estudos para identificar a técnica mais eficaz e viável.
 

Resumo Original:

Abstract
Background: This review, commissioned by the World Health Organization (WHO), examined the effectiveness of the WHO 6-step hand hygiene (HH) technique in reducing microbial load on hands and covering hand surfaces, and compared its effectiveness to other techniques.
Methods: Medline, CINAHL, ProQuest, Web of Science, Mednar, and Google Scholar were searched for primary studies, published in English (1978 - February 2021), evaluating the microbiological effectiveness or hand surface coverage of HH techniques in healthcare workers. Reviewers independently performed quality assessment using Cochrane tools. The protocol for the narrative review was registered (PROSPERO 2021: CRD42021236138).
Results: Nine studies were included. Evidence demonstrated that the WHO technique reduced microbial load on hands. One study found the WHO technique more effective than the 3-step technique (P=0.02), while another found no difference between these two techniques (P=0.08). An adapted 3-step technique was more effective than the WHO technique in laboratory settings (P=0.021), but not in clinical practice (P=0.629). One study demonstrated that an adapted 6-step technique was more effective than the WHO technique (P=0.001). Evidence was heterogeneous in application time, product, and volume. All studies were high risk of bias.
Conclusions: Eight studies found that the WHO 6-step technique reduced microbial load on healthcare workers' hands; but the studies were heterogeneous and further research is required to identify the most effective, yet feasible technique.
 

Fonte:
American Journal of Infection Control ; S0196-6553; 2022. DOI: 10.1016/j.ajic.2022.02.003.