Diversidade cultural, preconceito e segurança do paciente: uma discussão baseada em casos

Robbin G. Cohen MD, MMM ; David T. Cooke MD ; Loretta Erhunmwunsee MD ; Carole Krohn MPH, BSN ; Monisha Sudarshan MD ; Africa Wallace MD ; Susan Moffatt-Bruce MD
Título original:
Cultural Diversity, Bias, and Patient Safety: A Case-Based Discussion
Resumo:

Contexto: O preconceito social e cultural, tanto por parte dos pacientes quanto dos profissionais da saúde, é comum no ambiente cirúrgico. Quando o preconceito gera comportamentos que influenciam as estratégias de atenção ao paciente ou perturbam o fluxo operacional, a qualidade é prejudicada e surgem riscos à segurança do paciente. Métodos: Um subgrupo composto por membros da Society of Thoracic Surgeons Workforce on Patient Safety e da Workforce on Diversity, Equity, and Inclusion se reuniu para criar e discutir cenários clínicos nos quais o preconceito e a opressão do paciente ou do profissional comprometem a segurança do paciente. Apresentamos aqui uma transcrição da primeira discussão em vídeo, juntamente com uma breve discussão. Resultados: Os participantes concordaram que a diversidade cultural precisa melhorar dentro da especialidade de cirurgia cardiotorácica. Embora todos tenham concordado que o preconceito e a opressão têm o potencial de prejudicar a segurança do paciente e que os resultados clínicos tenham importância primordial, houve opiniões divergentes quanto à resposta verbal mais eficaz diante de um paciente preconceituoso. Conclusões: O preconceito cultural e de gênero na prática clínica da cirurgia cardiotorácica tem um potencial muito concreto de comprometer a segurança do paciente. Como a diversidade cultural e de gênero entre profissionais de cirurgia cardiotorácica está melhorando, espera-se que os pacientes aceitem e abracem uma equipe cirúrgica mais diversificada. 

Resumo Original:

Background: Social and cultural bias on the part of both patients and health care workers is common in the surgical setting. When bias generates behavior that influences patient care strategies or disrupts operational flow, quality suffers and patient safety is threatened. Methods: A subgroup composed of members of The Society of Thoracic Surgeons Workforce on Patient Safety and the Workforce on Diversity, Equity, and Inclusion joined to create and discuss clinical scenarios where patient or provider bias and oppression compromised patient safety. A transcript of the first video discussion is included, along with a brief discussion. Results: Discussants agreed that cultural diversity needs to improve within the cardiothoracic surgical specialty. Whereas all agreed that bias and oppression have the potential to impair patient safety and that the clinical result was of primary importance, opinions differed regarding the most effective verbal response to a biased patient. Conclusions: Cultural and gender bias in clinical cardiothoracic surgical practice has the very real potential to compromise patient safety. As cultural and gender diversity in the cardiothoracic surgical workforce is improving, patients are expected to accept and embrace a more diverse surgical team. 

Fonte:
The Annals of Thoracic Surgery ; 115(3): 555-561; 2023. DOI: doi.org/10.1016/j.athoracsur.2022.10.026.