Emergência e não emergência para a segurança do sistema

A emergência tem sido proposta como um construto importante para a pesquisa sobre a segurança de sistemas sociotécnicos. Há, no entanto, alguma discordância sobre a natureza fundamental da emergência. Além disso, há pouca clareza sobre como esse construto pode ser usado na pesquisa de segurança para orientar a análise ou o desenho de sistemas sociotécnicos. A emergência provou ser um construto desafiador para se fixar em disciplinas como filosofia e ciência da computação. O mais preocupante é que a distinção entre fenômenos emergentes e não emergentes permanece obscura. Aqui oferecemos uma visão pragmática, delineando modelos de diferentes tipos de emergência. Posteriormente, argumentamos que um tipo, a emergência funcional-semântica, tem uma distinção crucial entre a Segurança I e a Segurança II, conforme discutido na pesquisa de segurança do sistema. Concluímos que a segurança dos sistemas sociotécnicos pode ser aprimorada pela integração do controle retroativo de fenômenos não emergentes com o controle proativo de fenômenos emergentes, onde o controle retroativo é alcançado por meio do uso de regras e procedimentos, e o controle proativo é alcançado por meio da atenção a informações sutis e do uso de decisões iniciadas por reconhecimento. 

Emergence has been proposed as an important construct for research on the safety of sociotechnical systems. There is, however, some dissension about the fundamental nature of emergence. Furthermore, there is little clarity on how this construct might be used within safety research to guide analysis or design of sociotechnical systems. Emergence has proven to be a challenging construct to pin down in disciplines such as philosophy and computer science. Most troubling is that the distinction between emergent and non-emergent phenomena remains unclear. Here we offer a pragmatic view by outlining models of different types of emergence. We subsequently argue that one type, functional–semantic emergence, bears on a crucial distinction between Safety I and Safety II as discussed within system safety research. We conclude that safety of sociotechnical systems can be enhanced by integrating retroactive control of non-emergent phenomena with proactive control of emergent phenomena where retroactive control is achieved through use of rules and procedures and proactive control is achieved through attention to subtle information and use of recognition-primed decisions.