O impacto da COVID-19 nas infecções relacionadas à assistência à saúde em unidades de terapia intensiva de países de renda baixa e média: conclusões do International Nosocomial Infection Control Consortium (INICC)

Victor D Rosenthal ; Sheila Nainan Myatra ; Jigeeshu Vasishtha Divatia ; Sanjay Biswas ; Anjana Shrivastava ; Majeda A Al-Ruzzieh ; Omar Ayaad
Título original:
The impact of COVID-19 on health care-associated infections in intensive care units in low- and middle-income countries: International Nosocomial Infection Control Consortium (INICC) findings
Resumo:

Abstract
Background: This study examines the impact of the COVID-19 pandemic on health care-associated infection (HAI) incidence in low- and middle-income countries (LMICs).
Methods: Patients from 7 LMICs were followed up during hospital intensive care unit (ICU) stays from January 2019 to May 2020. HAI rates were calculated using the International Nosocomial Infection Control Consortium (INICC) Surveillance Online System applying the Centers for Disease Control and Prevention's National Healthcare Safety Network (CDC-NHSN) criteria. Pre-COVID-19 rates for 2019 were compared with COVID-19 era rates for 2020 for central line-associated bloodstream infections (CLABSIs), catheter-associated urinary tract infections (CAUTIs), ventilator-associated events (VAEs), mortality, and length of stay (LOS).
Results: A total of 7,775 patients were followed up for 49,506 bed days. The 2019 to 2020 rate comparisons were 2.54 and 4.73 CLABSIs per 1,000 central line days (risk ratio [RR] = 1.85, p = .0006), 9.71 and 12.58 VAEs per 1,000 mechanical ventilator days (RR = 1.29, p = .10), and 1.64 and 1.43 CAUTIs per 1,000 urinary catheter days (RR = 1.14; p = .69). Mortality rates were 15.2% and 23.2% for 2019 and 2020 (RR = 1.42; p < .0001), respectively. Mean LOS for 2019 and 2020 were 6.02 and 7.54 days (RR = 1.21, p < .0001), respectively.
Discussion: This study documents an increase in HAI rates in 7 LMICs during the first 5 months of the COVID-19 pandemic and highlights the need to reprioritize and return to conventional infection prevention practices.
 

Resumo Original:

Resumo
Contexto: Este estudo examina o impacto da pandemia de COVID-19 na incidência de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) em países de renda baixa e média (PRBM).
Métodos: Pacientes de 7 PRBMs foram acompanhados durante a internação em unidades de terapia intensiva (UTIs) de janeiro de 2019 a maio de 2020. As taxas de IRAS foram calculadas usando o Sistema de Vigilância Online do International Nosocomial Infection Control Consortium (INICC) aplicando os critérios da National Healthcare Safety Network dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC-NHSN). Comparamos as taxas de infecções da corrente sanguínea associadas a cateteres venosos centrais (IPCS), infecções do trato urinário associadas a cateteres (ITUACs), eventos associados à ventilação mecânica (EAVMs), mortalidade e tempo de internação em 2019 (pré-COVID-19) e 2020 (durante a pandemia de COVID-19).
Resultados: Ao todo, 7.775 pacientes foram acompanhados durante 49.506 leitos-dias. As comparações entre as taxas de 2019 e 2020 foram: 2,54 vs. 4,73 IPCSs por 1.000 cateteres-dias (razão de riscos [RR]=1,85, p=0,0006), 9,71 vs. 12,58 EAVMs por 1.000 dias de ventilação mecânica (RR=1,29, p=0,10) e 1,64 vs. 1,43 ITUACs por 1.000 cateteres urinários-dias (RR=1,14; p=0,69). As taxas de mortalidade foram de 15,2% e 23,2% em 2019 e 2020 (RR=1,42; p<0,0001), respectivamente. O tempo de internação médio em 2019 e 2020 foi de 6,02 e 7,54 dias (RR=1,21; p<0,0001), respectivamente.
Discussão: Este estudo documenta um aumento nas taxas de IRAS em 7 PRBMs durante os primeiros 5 meses da pandemia de COVID-19 e destaca a necessidade de redefinir as prioridades e retornar às práticas convencionais de prevenção de infecções.
 

Fonte:
International Journal of Infectious Diseases ; 83-88; 2022. DOI: 10.1016/j.ijid.2022.02.041.