Prevalência de lesões por pressão e intervenções de prevenção — uma pesquisa nacional ao longo de dez anos na Suécia
Resumo
O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência de lesões por pressão e intervenções para sua prevenção no cuidado hospitalar na Suécia, com base em inquéritos nacionais realizados ao longo de um período de 10 anos. Todos os hospitais suecos foram convidados a participar de inquéritos anuais sobre a prevalência de lesões por pressão durante o período de 2011 a 2020. Os protocolos de coleta de dados incluíram sexo, idade, avaliação da pele, avaliação de risco e intervenções de prevenção. No total, mais de 130.000 pacientes foram incluídos nos dez inquéritos de prevalência. A prevalência de lesões por pressão em pacientes hospitalizados na Suécia diminuiu significativamente de 17,0% para 11,4% entre 2011 e 2020, e as lesões por pressão adquiridas no hospital diminuíram de 8,1% para 6,4% entre 2018 e 2020. Não houve um declínio significativo das lesões por pressão relacionadas a dispositivos médicos nesse mesmo período. A proporção de pacientes nos quais foi feita uma avaliação de risco e da pele aumentou, assim como o uso de colchões redutores da pressão, lençóis deslizantes, proteção dos calcanhares e planos de reposicionamento. Este estudo mostra que a implementação de um programa nacional de segurança do paciente teve um impacto na prevalência nacional de lesões por pressão no cuidado hospitalar, bem como na utilização de estratégias de prevenção. Entretanto, um de cada dez pacientes nos hospitais suecos ainda sofre de lesões por pressão. Ainda é possível fazer melhorias.
Abstract
The aim of this study was to describe pressure ulcer prevalence and prevention interventions in hospital care in Sweden based on nationwide surveys conducted over a 10-year period. All Swedish hospitals were invited to participate in annual pressure ulcer prevalence surveys during the period 2011-2020. The data collection protocols included gender, age, skin assessment, risk assessment, and preventive interventions. In total, more than 130,000 patients were included in the ten prevalence surveys. The prevalence of pressure ulcers in Swedish hospital patients decreased significantly from 17.0 %to 11.4% between 2011 and 2020 and hospital-acquired pressure ulcers decreased from 8.1% to 6.4% between 2018 and 2020. There was no significant decline in medical device-related pressure ulcers during the same period. The proportion of patients who were risk and skin assessed increased, as did the use of pressure-reducing mattresses, sliding sheets, heel protection, and repositioning plans. This study shows that the implementation of a national patient safety program has had an impact on the nationwide prevalence of pressure ulcers in hospital care and the occurrence of prevention strategies. However, one in ten patients in Swedish hospitals still suffers from pressure ulcers. Further improvements can be made.
