Cultura de segurança do paciente em uma UTI de COVID-19 em comparação com uma UTI clínico-cirúrgica na Amazônia Oriental brasileira: um estudo transversal

Maria Luiza Rodrigues Dos Santos ; Victória Brioso Tavares ; Natália Silva da Costa ; Marcos Valério Santos da Silva ; João Simão de Melo-Neto
Título original:
Patient safety culture in a COVID-19 ICU compared to a clinical-surgical ICU in the Brazilian Eastern Amazon: A cross-sectional study
Resumo:

Resumo
Contexto: A pandemia da COVID-19 destacou a necessidade de uma nova dinâmica na organização e nas práticas dos serviços de saúde, pois exigiu uma rápida reestruturação para promover uma assistência segura e sem danos.
Objetivo: Avaliar as dimensões da cultura de segurança do paciente (CSP) sob a ótica dos profissionais de saúde em UTI clínico-cirúrgica (G1) em comparação com uma UTI de COVID-19 (G2).
Métodos: Estudo transversal, analítico, descritivo e inferencial, utilizando o questionário “Hospital Survey on Patient Safety Culture”.
Resultados: O domínio “Expectativas e ações do supervisor/gerente para promoção da segurança do paciente (SP)” foi um possível ponto fraco para o G1 (p = 0,003). O G2 foi mais positivo quanto a melhorar a SP, ser informado sobre erros, considerar a SP como prioridade máxima para a gestão e ao fato de as unidades trabalharem juntas para prestar o melhor cuidado (p > 0,05). O G1 foi mais negativo quanto à cultura de trabalho com equipes de profissionais de outras unidades, à troca de informações entre as unidades e às mudanças de turno (p > 0,05). O maior grau de SP foi relacionado a uma maior comunicação, e uma menor frequência de eventos foi relatada apenas para o G2 (p > 0,05).
Conclusão: É preciso haver um equilíbrio em termos de atenção focada na SP entre diferentes UTIs em tempos de crise, principalmente no que diz respeito às ações dos supervisores/gestores.

 

Resumo Original:

Abstract
Background: The COVID-19 pandemic highlighted the need for a new dynamic in the organization and practices of health services, as it required rapid restructuring to promote safe and harm-free assistance.
Objective: To assess the dimensions of the patient safety culture (PSC) from the perspective of the health team professionals in clinical-surgical ICU (G1) compared to a COVID-19 ICU (G2).
Methods: Cross-sectional, analytical, descriptive and inferential study, using the "Hospital Survey on Patient Safety Culture" questionnaire.
Results: The domain "Supervisor/Manager Expectations and Actions Promoting Patient Safety (PS)" was a potential weakness for G1 (p = 0.003). G2 was most positive on improving PS, being informed about errors, considering PS as a top priority to management, and that the units work together to provide the best care (p > 0.05). G1 was most negative about the work culture with staff from other units, exchange of information across units, and shift changes (p > 0.05). The highest PS grade was related to greater communication, and a smaller frequency of events was reported only for G2 (p > 0.05).
Conclusion: There must be a balance in terms of attention focused on PS between different ICUs in times of crisis, especially regarding the supervisors/managers actions.
Keywords: COVID-19; Patient safety; intensive care units; organizational culture.

Fonte:
The International journal of risk & safety in medicine ; 1: 5-19. ; 2023. DOI: 10.3233/JRS-210071..