Histórias animadas de erros no cuidado de saúde como um método para ensinar a segurança do paciente a estudantes de graduação: um estudo de avaliação

Cooper K ; Hatfield E ; Yeomans J
Título original:
Animated stories of medical error as a means of teaching undergraduates patient safety: an evaluation study
Resumo:

CONTEXTO: A prática de contar histórias é uma forma poderosa de comunicação que pode melhorar a atenção e levar a mudanças comportamentais duradouras. Abordando a necessidade de incorporar o ensino da segurança do paciente nos currículos médicos de graduação, elaboramos a hipótese de que os estudantes de medicina poderiam se beneficiar da exposição a histórias de erros no cuidado de saúde. O uso de animações foi considerado um meio potencialmente interessante de apresentar histórias de erros a um grande público. MÉTODOS: Desenvolvemos três vídeos animados para acompanhar gravações em áudio de médicos iniciantes descrevendo as suas experiências com um incidente grave ou um near miss. Os vídeos foram apresentados a 200 estudantes de medicina do último ano, com uma discussão em grupo subsequente voltada a entender os fatores contribuintes. Distribuímos também um questionário de avaliação para explorar as reações dos estudantes e possíveis mudanças nas suas crenças e percepções. O questionário incluiu perguntas que podiam ser respondidas usando uma escala Likert modificada ou um campo de texto livre. Realizamos uma análise de métodos mistos, com estatísticas descritivas e a análise qualitativa do conteúdo das respostas em texto livre. RESULTADOS: Dos 200 estudantes participantes, 104 preencheram o questionário e 83 ofereceram feedback em texto livre. A maioria dos estudantes respondeu positivamente à exposição às histórias de erros no cuidado de saúde e sentiu que os vídeos haviam melhorado o seu envolvimento, enquanto as gravações em áudio ajudaram a tornar os casos mais reais. A maioria dos estudantes concordou que a sessão afetaria a sua prática futura. CONCLUSÃO: Este estudo-piloto confirmou que os estudantes de graduação consideram que histórias animadas e pessoais de erros no cuidado de saúde são um meio efetivo e envolvente para aprender sobre a segurança do paciente. É necessário realizar estudos longitudinais para confirmar se o método é capaz de provocar mudanças comportamentais mensuráveis.

Resumo Original:

BACKGROUND: Storytelling is a powerful form of communication which can improve attention and lead to lasting behavioural changes. Addressing the need to incorporate patient safety teaching into undergraduate medical curricula, it was hypothesized that medical students could benefit from hearing clinician stories of medical error. The medium of animation was considered to be a potentially engaging means of presenting stories of error to a large audience. METHODS: Three animated videos were developed to accompany audio recordings of junior doctors describing their experiences of a serious incident or near-miss event. The videos were delivered to 200 final-year medical students with a subsequent large-group discussion directed at understanding contributory factors. An evaluative questionnaire exploring learners' reactions and modification of beliefs and perception was distributed. The questionnaire included questions rated on a modified Likert scale and a free-text box. A mixed-methods analysis was conducted with descriptive statistics and qualitative content analysis of the free-text responses. RESULTS: Of the 200 students who attended, 104 completed the questionnaire and 83 completed free-text feedback. Most students responded positively to hearing stories of medical error and felt that the animated videos improved their engagement while the voice recordings helped bring the cases to life. The majority of students agreed the session would impact on their future practice. CONCLUSION: This pilot study confirmed that undergraduate students consider animated, personal stories of medical error an effective, engaging means of learning about patient safety. Longitudinal studies are required to confirm if measurable behaviour change is achieved.

Fonte:
; 8(2): 118-122. ; 2019. DOI: 10.1007/s40037-019-0498-1.