Porcentagem de dias em ventilação mecânica em que a cabeceira da cama permaneceu elevada em um ângulo >= 30 graus

Fonte:
BERENHOLTZ et al., 2002; PRONOVOST et al., 2003.
Definição:

Número de dias em ventilação mecânica em que a cabeceira da cama é elevada em um ângulo >= 30 graus, divididos pelo número total de dias de ventilação mecânica, vezes 100.

Nível de Informação:

Processo

Dimensão da Qualidade:

Segurança

Efetividade

Eficiência

Numerador:

Número de dias em ventilação mecânica em que a cabeceira da cama foi elevada em um ângulo >= 30 graus.

Denominador:

Número total de dias de ventilação mecânica.

Racionalidade:

 Este indicador faz parte de um projeto americano de desenvolvimento de indicadores de qualidade para UTIs de adultos. Tem como objetivo avaliar processos para a prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica. O método de desenvolvimento incluiu revisão de literatura; opinião de especialistas; grupo nominal; e piloto em treze UTIs para avaliar a validade (construto e conteúdo) e a confiabilidade dos indicadores. Os indicadores desenvolvidos foram classificados nas dimensões da qualidade propostas pelo Instituto de Medicina americano (IOM), segurança, efetividade, cuidados centrados no paciente, oportunidade, eficiência e equidade.

Os resultados do teste piloto mostraram que o desempenho variou muito entre as 13 UTIs participantes e dentro de cada UTI. O percentual médio de dias em que os pacientes em ventilação receberam as terapias que deveriam receber foram de: 64% para sedação adequada; 67% para a elevação da cabeceira da cama; 89% para a profilaxia da úlcera péptica; e 87% para a profilaxia da tromobose venosa profunda. A taxa média de transfusão de sangue adequada foi de 33%. A incapacidade de usar essas terapias podem levar a um excesso de morbidade, de mortalidade e do tempo de permanência na UTI.

Fonte de Dados:

Prontuários do paciente

Bibliografia:

1. Pronovost PJ, Berenholtz SM, Ngo K, McDowell M, Holzmueller C, Haraden C, et al. Developing and pilot testing quality indicators in the intensive care unit. J Crit Care 2003 Sep;18(3):145-55.

2. Berenholtz SM, Dorman T, Ngo K, Pronovost PJ. Qualitative review of intensive care unit quality indicators. J Crit Care 2002 Mar;17(1):1-12.

3. BUGEDO, Guillermo et al. Implantação de protocolo de redução de sedação profunda baseado em analgesia comprovadamente seguro e factível em pacientes submetidos à ventilação mecânica. Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(3):188-196.

4. SILVA, Sabrina G. da; NASCIMENTO, Eliane Regina P. do; SALLES, Raquel K. de. Bundle de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica: uma construção coletiva. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2012 Out-Dez; 21(4): 837-44.

5. ANVISA. Manual Infecções do Trato Respiratório - Anvisa 2009. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/manual_%20trato_respirat%F3rio.pdf

Ano da Publicação:
2014