Porcentagem de pacientes que precisaram de cesárea de urgência, cujo parto cesáreo foi realizado no tempo ideal

Fonte:
Danish National Indicator Project
Definição:

Porcentagem de pacientes que precisam de cesárea de urgência, cujo parto cesáreo é realizado no tempo ideal

Nível de Informação:

Resultado

Dimensão da Qualidade:

Efetividade

Segurança

Numerador:

1. Número de cesáreas realizadas em menos de 15 minutos após a solicitação de parto cesáreo de urgência (Grau 1).

2. Número de cesáreas realizadas em menos de 30 minutos após a solicitação de parto cesáreo de urgência (Grau 2).

Denominador:

1. Número de pacientes que requerem cesárea de urgência de Grau 1.

2. Número de pacientes que requerem cesárea de urgência de Grau 2.

Definição de Termos:

Cesária de urgência: Grau 1:

Situação de risco de vida para a mãe e / ou feto

Limite de tempo para realização da cesárea: o mais imediato possível ... a organização deve fazer o parto dentro de 15 minutos se possível

Cesária de urgência: Grau 2:

Mãe e / ou feto em perigo, mas a situação não é de risco de vida.

Limite de tempo para realização da cesárea: o mais rapidamente possível ... a criança deve nascer dentro de 30 minutos

Cesária de urgência: Grau 3:

Situação instável, mas não há perigo imediato (DSOG , 2009).

Limite de tempo para realização da cesárea: durante o trabalho de parto - a criança deve nascer dentro de uma hora (DSOG , 2009).

Racionalidade:

A cesariana de urgência pode ser classificada como, por exemplo: 1) tempo entre a decisão e a incisão ou entre a decisão e o parto; 2) a técnica anestésica; 3) escalas analógicas verbais ou visuais; 4) definições descritivas, clínicas (Lucas et al., 2009). A “The Danish Society of Obstetrics and Gynaecology” (DSOG) recomenda que a cesariana de urgência seja definida de acordo com: Grau 1 (situação de risco de vida para a mãe e / ou feto); Grau 2 (mãe e / ou feto em perigo, mas a situação não é de risco de vida; Grau 3 (situação instável, mas não há perigo imediato) (DSOG , 2009). Para cada um deste Graus, um limite de tempo foi proposto: Grau 1 (o mais rápido possível ... a organização deve fazer o parto dentro de 15 minutos se possível); Grau 2 (o mais rapidamente possível ... a criança deve nascer dentro de 30 minutos); Grau 3 (durante o trabalho de parto - a criança deve nascer dentro de uma hora) (DSOG , 2009). Na Grã-Bretanha, recomenda-se um tempo entre a decisão e o parto de, no máximo, 30 minutos, com o argumento de que este prazo foi aceito em relação à auditoria (NCCWCH, 2004). O risco de complicações maternas, incluindo endometrite, infecções de sítio cirúrgico e lesões operatórias parece independente do tempo entre a decisão e o parto, ou 30 minutos (Chauhan et al., 1997; Bloom et al., 2006). Em relação ao recém-nascido, tempos maiores de 30 minutos têm sido associados com um pH baixo do cordão umbilical e aumento do risco de admissão em UTI (Chauhan et al., 1997). Partos em tempos menores de 30 minutos têm sido associados a um risco aumentado de intubação e de PH do cordão umbilical menor que 7,00 (Bloom et al., 2006). Este último achado pode ser devido a viés de seleção.

Interpretação:

Padrão proposto pelo Danish National Indicator Project, para a realização da cesárea de urgência:

- Grau 1: no mínimo 95%;

- Grau 2: no mínimo 95%.

Fonte de Dados:

Banco de dados administrativos hospitalares; prontuários dos pacientes

Bibliografia:

1. Bloom SL, Leveno KJ, Spong CY, Gilbert S, Hauth JC, Landon MC, et al. Decision-to-incision times and maternal and infant outcomes. Obstet Gynecol. 2006;108:6–11.

2. Chauhan SP, Roach H, Naef RH, Magann EF, Morrison JC, Martin JNJ. Cesarean section for suspected fetal distress. Does the decision-incision time make a difference? J Reprod Med. 1997;42:347–52.

3. Dsog. Akut sectio – klassifikation, melding og organisation. [Acute cesarean section – classification,call and organisation] (in Danish. No abstract available). 2009. Sandbjerg: DSOG Guideline.

4. Kesmodel US, Jalving LR. Measuring and improving quality in obstetrics - The implementation of national indicators in Denmark. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica. 2011. 90(4):295-304.

5. Lucas DN, Yentis SM, Kinsella SM, Holdcroft A, May AE, Wee M. Urgency of caesarean section: a new classification. J R Soc Med. 2000; 93:346–50.

6. National Collaborating Centre forWomen’s and Children’s Health. Caesarean section. 2004. Clinical guideline no. 13. London: National Institute for Clinical Excellence.

7. Sampaio, Ânderson Gonçalves; SOUZA, Alex S. R. Indicação de cesarianas em óbito fetal. Rev Bras Ginecol Obstet. 2010; 32(4):169-75.

8. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas.  Além da sobrevivência: práticas integradas de atenção ao parto, benéficas para a nutrição e a saúde de mães e crianças / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.

9. Xu, Shiqin; SHEN, Xiaofeng; WANG, Fuzhou. Pesando Riscos e Benefícios: Lições Aprendidas com as Intervenções Terapêuticas de um Caso com Pré-Eclâmpsia Grave. Rev Bras Anestesiol. 2013;63(3):290-295.

Ano da Publicação:
2014