Taxa de pacientes submetidos a um procedimento que receberam cuidados de anestesiologista para tratar parada respiratória ou cardíaca, no período de recuperação

Fonte:
 The Australian Council on Healthcare Standards (ACHS).
Definição:

Número de pacientes submetidos a um procedimento que receberam cuidados de anestesiologista para tratar parada respiratória ou cardíaca, no período de recuperação, dividido pelo número de pacientes que receberam cuidados no período de recuperação pós-anestésica.

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Dimensão da Qualidade:

Segurança

Numerador:

Número de pacientes submetidos a um procedimento que receberam cuidados de anestesiologista para tratar uma parada respiratória ou cardíaca, no período de recuperação.

Denominador:

Número de pacientes que receberam cuidados no período de recuperação pós-anestésica.

Definição de Termos:

Cuidados de anestesiologista:

É definido como a presença física deste profissional para auxiliar na conduta com o paciente.

Período de recuperação:

É o tempo que o paciente passa na sala de Recuperação Pós-anestésica (RPA), ou outro local capacitado para permanência do paciente em período pós-operatório imediato, até ser transferido para outra área da instituição.

Racionalidade:

Este indicador foi desenvolvido pela Australian Council on Healthcare Standards (ACHS),agência australiana de acreditação de serviços de saúde, para ser utilizado pelos hospitais acreditados, auxiliando os seus processos internos de melhoria.

A ocorrência de um 'evento clínico' pode indicar um desempenho abaixo do ideal na anestesia.

Este indicador deve estimular os profissionais da sala de Recuperação Pós-anestésica (RPA), ou do local onde o paciente permanece no pós-operatório imediato, a notificar qualquer perturbação significativa no processo de recuperação habitual.

A partir de 2012 este indicador não integra mais o conjunto de indicadores anestésicos da ACHS.

A literatura nacional sobre o tema ainda é escassa, porém alguns relatos sobre parada cardíaca no período de recuperação demonstram que uma investigação minuciosa deve ser feita mesmo em pacientes aparentemente saudáveis. Alguns fatores de risco são conhecidos como doença instável das artérias coronárias, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca e doença valvar cardíaca. A ausência destes fatores na estratificação de risco pré-operatório aponta risco de morte perioperatória inferior a 1% e “uma investigação diagnóstica cardiovascular aprofundada não mudaria o manejo perioperatório de pacientes assintomáticos” (DAHER et al, 2012).

 

Interpretação:

Taxa desejada: baixa (associado a resultados adversos). Comparações externas (entre hospitais) podem ser feitas em um determinado ponto no tempo, ou acompanhando as tendências temporais. Comparações internas (dentro do hospital) podem ser feitas ao longo do tempo, em períodos regulares.

Fonte de Dados:

Bancos de dados administrativos hospitalares; prontuário do paciente.

Bibliografia:

1. The Australian Council on Healthcare Standards (ACHS). Clinical Indicator User Manual Version 7.2 for use in second half of 2013. https://www.ranzcog.edu.au/component/docman/doc_view/267-obstetric-indicators.html?Itemid=946 .

2. ACHS Clinical Indicator Users’ Manual 2005. ANAESTHESIA INDICATORS CLINICAL INDICATORS - A USERS' MANUAL VERSION 4 FOR USE IN 2005.

3.DAHER, Maurício et al. Parada Cardíaca Súbita em Anestesia Geral Como a Primeira Manifestação da Origem Anômala de Artéria Coronária Esquerda. Revista Brasileira de Anestesiologia, Vol. 62, No 6, Novembro-Dezembro, 2012.

4.DAMIANI, Daniel et al. Síndrome de Lance-Adams depois de parada cardiorrespiratória prolongada. Relato de caso. Rev Bras Clin Med. São Paulo, 2012 mar-abr;10(2):152-4.

5.GUALANDRO, D.M. et al. – II Diretriz de Avaliação Perioperatória da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol, 2011;96(3 supl.1):1-68.

Ano da Publicação:
2014