Tratamento e diagnóstico em excesso, presentes!

Autor pessoal: 
LAJOLO, C.;
Resumo: 

Por Camila Lajolo (Médica - Assessora da Coordenação do Portal Proqualis)

Quanto do tratamento oferecido aos pacientes é desnecessário? Pior, quanto dano causamos aos pacientes e à sociedade em decorrência de tratamento e de diagnóstico excessivos? Estas duas questões cruciais estabelecem o pano de fundo para este editorial de Fiona Godlee, editora do BMJ, que delineia as possíveis causas do excesso de tratamento e de diagnóstico oferecidos aos pacientes, além de discutir se este fenômeno afeta outros países desenvolvidos, além dos EUA.

Dentre os possíveis fatores contribuintes para o tratamento e o diagnóstico excessivos nos EUA são o medo de ações judiciais, a demanda estimulada pela oferta, as falhas no conhecimento, o conflito de interesse (financeiro) dos autores das diretrizes clínicas, falha em informar os pacientes sobre eventos adversos de tratamentos eletivos e o sistema de pagamento a médicos norte-americanos.

Evidências crescentes sobre a variação na prática clínica demonstram que outros países, como por exemplo a Inglaterra e o País de Gales também são afetados por este fenômeno, mas em menor intensidade.

O artigo conclui que como o tratamento e o diagnóstico excessivos são em parte consequências do cuidado não centrado no paciente, talvez nos ajude perguntar ao próximo paciente "O que importa para você?" e não "Qual o problema?".

Overtreatmen, over here

Fiona Godlee

BMJ 2012;345:e6684 (Publicado em 3 de outubro de 2012)

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