É necessário fazer um esforço para substituir a cultura punitiva pela cultura de segurança do paciente?
Os esforços para introduzir uma cultura de segurança têm florescido em um número cada vez maior de organizações de saúde. No entanto, muitos desses esforços organizacionais têm sido incompletos, pois não abordam adequadamente a resistência às mudanças gerada pela cultura punitiva que predomina nas organizações de saúde. Este artigo pretende aumentar a conscientização sobre três razões pelas quais é necessário fazer um esforço para modificar a cultura punitiva antes de introduzir a cultura de segurança do paciente. A primeira razão é que, para modificar a cultura, é preciso primeiro investigá-la e compreendê-la. A segunda é que a cultura é um construto complexo, profundamente enraizado nas organizações e em seus contextos, sendo, portanto, difícil de modificar. A terceira é que a cultura punitiva não é compatível com alguns componentes da cultura de segurança; portanto, se não for removida, é muito provável que se mantenha ativa e dominante sobre a cultura de segurança. Essas razões sugerem que, se não forem planejadas e executadas intervenções efetivas para substituir a cultura punitiva pela cultura de segurança, existe o risco de que a cultura punitiva continue a prevalecer.
Los esfuerzos dirigidos a introducir la cultura de seguridad han florecido en un número cada vez más creciente de organizaciones de salud. Sin embargo, muchos de estos esfuerzos han sido incompletos en cuanto a manejar la resistencia al cambio que ofrece la cultura punitiva actual que predomina en organizaciones de salud. Este artículo es una reflexión para incrementar la conciencia sobre 3 razones de porqué se necesita un esfuerzo para cambiar la cultura punitiva antes de introducir la cultura de seguridad. La primera razón es que para cambiar la cultura primero se necesita investigarla y entenderla. La segunda razón es que la cultura es un constructo complejo, bien arraigado en as organizaciones y sus contextos, por tanto difícil de cambiar. La tercera razón es que la cultura punitiva tiene incompatibilidad con algunos componentes de la cultura de seguridad, y mientras esta no se elimine hay grandes posibilidades de que siga activa y dominante sobre la cultura de seguridad. Estas razones sugieren que, a menos que se planifiquen y ejecuten intervenciones efectivas para lograr el reemplazo de la cultura punitiva por la cultura de seguridad, se corre el riesgo de que la cultura punitiva siga prevaleciendo.