“Quem é o responsável por esse paciente?” Desenvolvimento da designação de um prestador de primeiro contato no Prontuário Eletrônico de Saúde

CHANDIRAMANI, A. ; GERVASIO, J. ; JOHNSON, M. ; KOLEK, J. ; ZIBRAT, S. ; EDELSON, D.
Título original:
‘Who's Covering This Patient?’ Developing a First-Contact Provider (FCP) Designation in an Electronic Health Record
Resumo:

Contexto: Um cuidado de saúde seguro e eficiente para pacientes internados depende da identificação precisa do profissional independente autorizado (licensed independent practitioner, LIP), que é o principal responsável por cada paciente admitido. A incapacidade de fazer esta identificação tem consequências importantes, como a má comunicação entre as equipes clínicas, atrasos no cuidado (incluindo a comunicação de resultados críticos) e ameaças significativas à segurança do paciente.

Métodos: No University of Chicago Medical Center, um hospital universitário de 800 leitos, foi desenvolvido um novo recurso do modelo Epic chamado Prestador de Primeiro Contato (First Contact Provider, FCP) para identificar o profissional responsável por cada paciente internado. O número de pacientes que contavam com apenas um FCP num determinado momento foi auditado diariamente. Para assegurar a funcionalidade técnica do sistema, foi medido o número de Alertas de Melhores Práticas (Best Practice Advisories, BPAs) que alertavam que havia sido identificada a ausência de um FCP. O número de valores laboratoriais críticos de pacientes internados comunicados diretamente aos profissionais independentes autorizados (licensed independent practitioner, LIP) foi medido como um substituto da precisão do FCP na identificação do profissional correto.

Resultados: Durante os nove meses do estudo, o censo diário médio de pacientes internados foi de 568, e o volume mensal médio de resultados laboratoriais críticos foi de 1.727. Ao final do estudo, a porcentagem semanal média de pacientes com um FCP documentado ao meio-dia chegou a 98,6. O número semanal médio de BPAs caiu de 5.313/dia para menos de 50/dia. A porcentagem mensal média de resultados críticos comunicados diretamente aos profissionais independentes autorizados aumentou de 18,0 na linha de base para 87,8.

Conclusão: O sistema de FCP resolveu em grande medida o sério problema da identificação precisa dos profissionais independentes autorizados por pacientes internados. Isto, por sua vez, melhorou significativamente a capacidade de comunicar resultados laboratoriais críticos de pacientes internados diretamente a esses profissionais.

Resumo Original:

Background: Safe and efficient inpatient care depends on accurate identification of the licensed independent practitioner (LIP) primarily responsible for each admitted patient. The inability to do so has far-reaching consequences, including poor communication among care teams, delays in patient care (including critical result reporting), and significant threats to patient safety.

Methods: At the University of Chicago Medical Center, an 800-bed academic hospital, a new Epic feature, called First-Contact Provider (FCP), was developed to identify the responsible LIP for each inpatient. The number of patients with only one designated FCP at a given time was audited daily. To ensure correct technical function, the number of Best Practice Advisories (BPAs) alerting of no documented FCP was measured. The number of inpatient critical lab values reported directly to LIPs was measured as a proxy for the accuracy of FCP in identifying the correct LIP.

Results: During the nine-month study period, the average daily inpatient census was 568 and the average monthly critical lab volume was 1,727. By the end of the study, the weekly mean percentage of patients with one FCP documented at noon reached 98.6%. The weekly mean number of BPAs dropped from 5,313/day to less than 50/day. The monthly mean percentage of critical results reported directly to LIPs increased from a pre-FCP baseline of 18.0% to 87.8%.

Conclusion: FCP largely solved the far-reaching problem of accurate LIP identification for hospitalized patients. This, in turn, significantly improved the ability to report inpatient critical lab values directly to LIPs.

Fonte:
The Joint Commission Journal on Quality and Patient Safety ; 44(2): 107-113; 2018. DOI: 10.1016/j.jcjq.2017.08.005.