Abordagens positivas para a segurança: aprendendo com aquilo que fazemos bem

Adrian Plunkett ; Emma Plunkett
Título original:
Positive approaches to safety: learning from what we do well
Resumo:

As metodologias históricas e atuais de segurança do paciente repousam sobre um modelo baseado no déficit, definindo a segurança como a ausência de danos. Este modelo está alinhado com o viés de negatividade, que é inato ao ser humano, e com a filosofia geral do cuidado de saúde: diagnosticar e curar doenças e aliviar o sofrimento. Embora esta abordagem tenha gerado um progresso mensurável nos resultados de saúde, uma narrativa comum na literatura de saúde indica que este progresso está estagnando ou desacelerando. É importante aprender com os maus resultados e melhorá-los, mas a abordagem baseada no déficit tem algumas limitações teóricas. Neste artigo, discutimos algumas das limitações teóricas da abordagem predominante para a segurança do paciente e introduzimos abordagens emergentes e complementares neste campo da prática. A Segurança-II e a engenharia da resiliência representam um novo paradigma de segurança, caracterizado pelo foco na totalidade do trabalho, com uma perspectiva que abrange todo o sistema, em vez de falhas isoladas. Existem abordagens mais abertamente positivas, centradas especificamente no sucesso — tanto o sucesso excepcional quanto o sucesso diário — e incluindo a inovação, a pesquisa apreciativa, o aprendizado com a excelência e o desvio positivo. Estas abordagens não são mutuamente excludentes. Os novos métodos descritos neste artigo não se destinam a substituir os métodos atuais, mas são apresentados como ferramentas complementares, concebidas para permitir que o leitor tenha uma visão equilibrada e holística da segurança do paciente.
 

Resumo Original:

Historical and current methodologies in patient safety are based on a deficit-based model, defining safety as the absence of harm. This model is aligned with the human innate negativity bias and the general philosophy of healthcare: to diagnose and cure illness, and to relieve suffering. Whilst this approach has underpinned measurable progress in healthcare outcomes, a common narrative in the healthcare literature indicates that this progress is stalling or slowing. It is important to learn from and improve poor outcomes, but the deficit-based approach has some theoretical limitations. In this article, we discuss some of the theoretical limitations of the prevailing approach to patient safety, and introduce emerging, complementary approaches in this field of practice. Safety-II and resilience engineering represent a new paradigm of safety, 
characterised by focusing on the entirety of work, with a systems-wide lens, rather than single incidents of failure. More overtly positive approaches are available, specifically focusing on success - both outstanding success and everyday success - including exnovation, appreciative inquiry, learning from excellence and positive deviance. These approaches are not mutually exclusive. The new methods described in this article are not intended as replacements of the current methods, rather they are presented as complementary tools, designed to allow the reader to take a balanced and holistic view of patient safety.
 

Fonte:
wiley online library ; 2022. DOI: doi.org/10.1111/pan.14509.