Adoção de prontuários médicos eletrônicos e taxas de eventos adversos intra-hospitalares

Michael F Furukawa ; Noel Eldridge ; Yun Wang ; Mark Metersky
Título original:
Electronic Health Record Adoption and Rates of In-hospital Adverse Events
Resumo:

OBJETIVO: Iniciativas em todo o país têm se concentrado em melhorar a segurança do paciente através de um maior uso de tecnologia da informação em saúde. Examinamos a associação entre a adoção de prontuários médicos eletrônicos (PMEs) em hospitais e as taxas de ocorrência de eventos adversos entre pacientes expostos. MÉTODOS: Realizamos uma análise retrospectiva das altas hospitalares de pacientes usando dados do Medicare Patient Safety Monitoring System de 2012 e 2013. A amostra incluiu pacientes com 18 anos ou mais que foram hospitalizados por 3 tipos de condição médica: doença cardiovascular aguda, pneumonia ou doenças que requerem cirurgia. Os desfechos principais foram eventos adversos hospitalares, incluindo infecções hospitalares, eventos adversos ligados a medicamentos selecionados, eventos gerais e eventos pós-procedimento. As taxas de eventos adversos e a exposição do paciente a um prontuário médico totalmente eletrônico foram determinadas pela síntese de prontuários. RESULTADOS: Entre os 45.235 pacientes em risco de 347.281 eventos adversos na amostra do estudo, a taxa de ocorrência de eventos adversos foi de 2,3%, e 13,0% dos pacientes foram expostos a um prontuário médico totalmente eletrônico. Na modelagem multivariada ajustada segundo as características dos pacientes e dos hospitais, a exposição dos pacientes a um prontuário médico totalmente eletrônico esteve associada a uma redução de 17 a 30% na probabilidade de ocorrência de qualquer evento adverso para pacientes com doença cardiovascular (odds ratio [OR], 0,80; intervalo de confiança [IC] de 95%, 0,72-0,90), pneumonia (OR, 0,70; IC 0,62-0,80) e submetidos a cirurgia (OR, 0,83; IC 0,72-0,96). A associação entre a adoção de PMEs e a ocorrência de eventos adversos variou segundo o tipo de evento e a doença. CONCLUSÕES: Pacientes com doença cardiovascular, pneumonia e submetidos a cirurgia expostos a um prontuário médico totalmente eletrônico apresentaram uma menor probabilidade de sofrer eventos adversos no hospital.

Resumo Original:

OBJECTIVE: Nationwide initiatives have focused on improving patient safety through greater use of health information technology. We examined the association of hospitals' electronic health record (EHR) adoption and occurrence rates of adverse events among exposed patients. METHODS: We conducted a retrospective analysis of patient discharges using data from the 2012 and 2013 Medicare Patient Safety Monitoring System. The sample included patients age 18 and older that were hospitalized for one of 3 conditions: acute cardiovascular disease, pneumonia, or conditions requiring surgery. The main outcome measures were in-hospital adverse events, including hospital-acquired infections, adverse drug events (based on selected medications), general events, and postprocedural events. Adverse event rates and patient exposure to a fully electronic EHR were determined through chart abstraction. RESULTS: Among the 45,235 patients who were at risk for 347,281 adverse events in the study sample, the occurrence rate of adverse events was 2.3%, and 13.0% of patients were exposed to a fully electronic EHR. In multivariate modeling adjusted for patient and hospital characteristics, patient exposure to a fully electronic EHR was associated with 17% to 30% lower odds of any adverse event for cardiovascular (odds ratio [OR], 0.80; 95% confidence interval [CI], 0.72-0.90), pneumonia (OR, 0.70; CI, 0.62-0.80), and surgery (OR, 0.83; CI, 0.72-0.96) patients. The associations of EHR adoption and adverse events varied by event type and by medical condition. CONCLUSIONS: Cardiovascular, pneumonia, and surgery patients exposed to a fully electronic EHR were less likely to experience in-hospital adverse events.

Fonte:
Journal of Patient Safety ; 16(2): 137-142; 2021.