Alarmes clínicos em terapia intensiva: implicações da fadiga de alarmes para a segurança do paciente.

BRIDI, A. C. ; LOURO, T. Q. ; SILVA, R. C. L.
Resumo:

Objetivos: identificar o número de alarmes dos equipamentos eletromédicos numa unidade coronariana, caracterizar o tipo e analisar as implicações para a segurança do paciente na perspectiva da fadiga de alarmes.

Método: trata-se de estudo quantitativo observacional descritivo, não participante, desenvolvido numa unidade coronariana de um hospital de cardiologia, com capacidade para 170 leitos.

Resultados: registrou-se o total de 426 sinais de alarmes, sendo 227 disparados por monitores multiparamétricos e 199 alarmes disparados por outros equipamentos (bombas infusoras, hemodiálise, ventiladores mecânicos e balão intra-aórtico), nas 40h, numa média total de 10,6 alarmes/hora.

Conclusão: os resultados encontrados reforçam a importância da configuração de variáveis fisiológicas, do volume e dos parâmetros de alarmes dos monitores multiparamétricos à rotina das unidades de terapia intensiva. Os alarmes dos equipamentos destinados a proteger os pacientes têm conduzido ao aumento do ruído na unidade, à fadiga de alarmes, a distrações e interrupções no fluxo de trabalho e à falsa sensação de segurança.

Fonte:
Revista Latino-Americana de Enfermagem (RLAE) ; 22(6): 1035-1039; 2014. DOI: 10.1590/0104-1169.3488.2513.
DECS:
enfermagem, terapia intensiva, monitoramento, alarmes clínicos, doença iatrogênica, segurança do paciente