Artigo de reflexão - Responsabilização pessoal no cuidado de saúde: em busca do equilíbrio ideal

Enquanto a disciplina da segurança do paciente enfatiza, como seu tema central, a "abordagem sistêmica", há especialistas que apontam para a necessidade de equilibrar essa abordagem "de não culpar os profissionais" com a promoção da responsabilização em certas circunstâncias, como em casos de não consideração de normas de segurança estabelecidas. Nossa crescente compreensão sobre a importância da responsabilização gera vários outros questionamentos, como a importância relativa da responsabilização pessoal versus institucional e o grau no qual a responsabilização pessoal deveria ser assegurada por terceiros (como colegas, pacientes, sistemas de saúde ou agências reguladoras) ou pelos próprios profissionais (profissionalismo). É provável que a identificação do nível apropriado de responsabilização seja altamente influenciada pela estrutura e pela cultura do sistema de saúde. Dessa forma, as respostas encontradas no Reino Unido certamente serão diferentes daquelas encontradas nos EUA. Em última análise, uma abordagem robusta para a segurança do paciente deverá não só encontrar o equilíbrio entre a postura "de não culpar os profissionais" e a responsabilização, mas também determinar o foco correto da responsabilização, de modo a maximizar a justiça e a efetividade.

While the patient safety field has emphasised as its central theme "systems thinking", experts have pointed to the need to balance this "no blame" approach with the need for accountability in certain circumstances, such as failure to heed reasonable safety standards. Our growing appreciation of the importance of accountability raises several new questions, including the relative roles of personal versus institutional accountability, and the degree to which personal accountability should be enforced by outside parties (such as peers, patients, healthcare systems, or regulators) versus professionals themselves ("professionalism"). Identifying the appropriate locus for accountability is likely to be highly influenced by the structure and culture of the healthcare system; thus, answers in the UK will undoubtedly be different from those in the US. Ultimately, a robust approach to patient safety will not only balance "no blame" with accountability, but will also parse the correct target for accountability in a way that maximises fairness and effectiveness.