Atitudes dos enfermeiros de equipes de resposta rápida e barreiras à utilização do sistema: um inquérito multicêntrico

Loisa, E. ; Hoppu, S. ; Hytönen, S.-M. ; Tirkkonen, J.
Título original:
Rapid response team nurses' attitudes and barriers to the rapid response system: A multicentre survey
Resumo:

Contexto: Apesar da ampla implementação das equipes de resposta rápida (ERRs), não existem dados publicados sobre as atitudes dos enfermeiros e as barreiras à utilização dos sistemas de resposta rápida (SRRs). Métodos: Fizemos o teste-piloto de um questionário com uma escala de Likert de 5 pontos entre enfermeiros de ERRs de todos os hospitais universitários finlandeses, com a possibilidade de fazer comentários em texto livre. Investigamos ainda o impacto da participação mais frequente em ERRs. Resultados: A taxa de resposta foi de 46% (n=176/379, variação de 34 a 93% entre os hospitais). A experiência mediana dos entrevistados em uma ERR foi de três anos (0,8 a 5), e a participação mediana foi de duas (1 a 5) ativações da ERR por mês. Mais de 90% dos enfermeiros de ERRs consideraram que o SRR prevenia paradas cardíacas e melhorava a segurança do paciente. Os enfermeiros que participaram de cinco ou mais ativações da ERR por mês, quando comparados àqueles com menos de cinco ativações, se mostraram mais propensos a acreditar que as suas habilidades de atenção crítica tinham melhorado graças a essa função (94% vs. 71%, p=0,001), que o seu trabalho na ERR era significativo (94% vs. 76%, p=0,005) e queriam continuar a trabalhar como enfermeiros da ERR (91% vs. 74%, p=0,015). Além da participação pouco frequente na ERR, outras experiências negativas entre os enfermeiros incluíram a sensação de excesso de trabalho (68%) ou de baixa remuneração (94%) pelas suas funções na ERR e conflitos entre a ERR e os médicos das enfermarias (25%). Conclusão: Os enfermeiros de ERRs consideram que seu trabalho é importante e acreditam que ele os ajuda a melhorar as suas habilidades de atenção crítica; estas percepções são mais evidentes entre aqueles com participação mais frequente na ERR. A participação pouco frequente na ERR, o sentimento de excesso de trabalho e/ou a baixa remuneração e os conflitos com os médicos de enfermarias podem representar barreiras para o uso bem-sucedido do sistema. © 2021 Os autores. 

Resumo Original:

Background: Despite wide implementation of rapid response teams (RRTs), no published data exist on RRT nurses' attitudes and barriers to the rapid response system (RRS). Methods: We piloted a 5-point Likert-type scale questionnaire among all Finnish university hospitals' RRT nurses with optional open-ended comments. The impact of more frequent RRT participation was further investigated. Results: The response rate was 46% (n = 176/379, 34%-93% between hospitals). The respondents median experience on a RRT was three years (0.8-5) and median participation was two (1˗5) RRT activations per month. Over 90% of the RRT nurses felt that RRS prevented cardiac arrests and improved patient safety. Nurses with five or more RRT activations/month believed their critical care skills had improved through these duties (94% vs 71%, P =.001), considered their RRT work meaningful (94% vs 76%, P =.005) and wanted to continue as RRT nurses (91% vs 74%, P =.015) more often than nurses with less than five RRT activations/month. In addition to the infrequent RRT participation, further negative experiences with RRS among the RRT nurses included feeling overworked (68%) or undercompensated (94%) for the RRT duties and conflicts between RRT and ward doctors (25%). Conclusion: RRT nurses consider their work important and believe it fosters improved critical care skills; these beliefs are emphasized among those with more frequent RRT participation. Infrequent RRT participation, feeling overworked and/or undercompensated and conflicts between RRT and ward doctors may present barriers for successful RRS among RRT nurses

Fonte:
Acta Anaesthesiologica Scandinavica ; 65(5): 695-701; 2022. DOI: 10.1111/aas.13779.