As auditorias da lista de verificação da segurança cirúrgica podem induzir ao erro! Um projeto de melhoria da qualidade para melhorar sua implementação e adesão
Apesar da boa qualidade das evidências sobre os benefícios da utilização da Lista de Verificação da Segurança Cirúrgica (LVSC), foram identificados desafios na sua implementação correta e consistente. Estudos anteriores sobre a LVSC identificaram discrepâncias entre o que é documentado e o que é observado em tempo real. Uma auditoria observacional de linha de base em nossa instituição demonstrou uma adesão de apenas 3,5%, embora a adesão documentada seja de 100%. Este projeto utilizou princípios de melhoria da qualidade para identificar o problema e elaborar estratégias para melhorar a adesão dos profissionais à LVSC. Estas incluíram deixar de usar formulários em papel e passar a usar uma forma laminada reutilizável da LVSC, uma ampla campanha de educação e marketing multidisciplinar, treinamento direcionado e modificação da implementação em resposta ao feedback contínuo dos profissionais. Realizamos 5 auditorias observacionais diretas em quatro ciclos PDSA (Plan-Do-Study-Act) para captar informações em tempo real sobre a adesão dos profissionais. Também realizamos dois inquéritos com as equipes. A adesão à LVSC melhorou de 3,5% para 63% ao longo do estudo. Os profissionais consideraram que o novo processo melhorou a segurança do paciente e que a nova LVSC foi facilmente incorporada ao seu fluxo de trabalho. A melhoria da adesão à LVSC exige um profundo envolvimento e cooperação com as equipes cirúrgicas de anestesia e enfermagem e a compreensão de suas práticas e cultura de trabalho. A auditoria observacional prospectiva destacou uma taxa de adesão inicial de 3,5%, em comparação com os 100% encontrados em uma auditoria dos prontuários. Se os hospitais só utilizarem modelos retrospectivos baseados em documentos em papel, poderão negligenciar problemas importantes de segurança e qualidade. Embora as observações prospectivas presenciais consumam mais recursos e tempo do que as auditorias retrospectivas, este estudo destaca a sua possível utilidade para compreender o que está realmente acontecendo. As variações significativas entre os dados documentados e observados podem ter implicações consideráveis para outros estudos retrospectivos cujos resultados se baseiam em dados inseridos manualmente por seres humanos.
Despite good quality evidence for benefits with its use, challenges have been encountered in the correct and consistent implementation of the surgical safety checklist (SSC). Previous studies of the SSC have reported a discrepancy between what is documented and what is observed in real time. A baseline observational audit at our institution demonstrated compliance of only 3.5% despite a documented compliance of 100%. This project used quality improvement principles of identifying the problem and designing strategies to improve staff compliance with the SSC. These included changing the SSC from paper-based to a reusable laminated form,
a broad multidisciplinary education and marketing campaign, targeted coaching and modifying the implementation in response to ongoing staff feedback. Five direct observational audits were undertaken over four Plan-Do-Study-Act cycles to capture real-time information on staff compliance. Two staff surveys were also undertaken. Compliance with the SSC improved from 3.5% to 63% during this study. Staff reported they felt the new process improved patient safety and that the new SSC was easily incorporated into their workflow. Improving compliance with the SSC requires deep engagement with and cooperation of surgical, anaesthesia and nursing teams and understanding of their work practices and culture. The prospective observational audit highlighted an initial 3.5% compliance rate compared with 100% based on an audit of the patient notes. Relying solely on a retrospective paper-based model can lead to hospitals being unaware of significant safety and quality issues. While in-person prospective observations are more time-consuming and resource-consuming than retrospective audits, this study highlights their potential utility to gain a clear picture of actual events. The significant variation between documented and observed data may have considerable implications for other retrospective studies which rely on human-entered data for their results.