Clampeamento do cordão umbilical e contato pele com pele em partos de mulheres positivas para SARS-CoV-2: um estudo observacional prospectivo

I Mejía Jiménez,R Salvador López ; E García Rosas ; I Rodriguez de la Torre ; J Montes García ; ML de la Cruz Conty ; O Martínez Pérez,in collaboration with the Spanish Obstetric Emergency Group†,
Título original:
Umbilical cord clamping and skin-to-skin contact in deliveries from women positive for SARS-CoV-2: a prospective observational study
Resumo:

Objetivo: Demonstrar que o clampeamento tardio do cordão (CTC) é seguro em mães com infecção confirmada pelo SARS-CoV-2.
Desenho, ambiente e participantes: Estudo observacional prospectivo baseado em informações epidemiológicas de 403 mulheres grávidas com SARS-CoV-2 entre 1 de março e 31 de maio de 2020. Coletamos dados de 70 centros que participam do Registro Espanhol de COVID-19.
Métodos: Coletamos as informações dos pacientes a partir de seu prontuário.
Desfechos principais: Taxa de transmissão perinatal do SARS-CoV-2 e desenvolvimento da infecção em recém-nascidos nos primeiros 14 dias após o parto.
Resultados: O grupo de clampeamento precoce do cordão (CPC) incluiu 231 bebês (57,3%), e o grupo CTC incluiu 172 bebês (42,7%). Cinco neonatos positivos (1,7% de todos os testes realizados) foram identificados através de exames de PCR nasofaríngeo realizados nas primeiras 12 horas após o parto: dois no grupo CPC (1,7%) e três no grupo CTC (3,6%). Não observamos diferenças significativas entre os grupos em relação aos resultados de testes neonatais para SARS-CoV-2. Não foi detectado nenhum caso confirmado de transmissão vertical. A porcentagem de mães que fizeram contato pele com pele nas primeiras 24 horas após o parto foi significativamente maior no grupo CTC (84,3% contra 45,9%). A amamentação no período pós-parto imediato também foi significativamente mais alta no grupo CTC (77,3% contra 50,2%).
Conclusões: Os resultados deste estudo não mostram diferenças nos desfechos perinatais relacionados ao CTC ou ao CPC, ao contato pele com pele ou à amamentação.

Resumo Original:

Objective: To demonstrate that delayed cord clamping (DCC) is safe in mothers with confirmed SARS-CoV-2 infection.
Design, setting and participants: Prospective observational study involving epidemiological information from 403 pregnant women with SARS-CoV-2 between 1 March and 31 May 2020. Data were collected from 70 centres that participate in the Spanish Registry of COVID-19.
Methods: Patients' information was collected from their medical chart.
Main outcomes and measures: The rate of perinatal transmission of SARS-CoV-2 and development of the infection in neonates within 14 days postpartum.
Results: The early cord clamping (ECC) group consisted of 231 infants (57.3%) and the DCC group consisted of 172 infants (42.7%). Five positive newborns (1.7% of total tests performed) were identified with the nasopharyngeal PCR tests performed in the first 12 hours postpartum, two from the ECC group (1.7%) and three from the DCC group (3.6%). No significant differences between groups were found regarding neonatal tests for SARS-CoV-2. No confirmed cases of vertical transmission were detected. The percentage of mothers who made skin-to-skin contact within the first 24 hours after delivery was significantly higher in the DCC group (84.3% versus 45.9%). Breastfeeding in the immediate postpartum period was also significantly higher in the DCC group (77.3% versus 50.2%).
Conclusions: The results of our study show no differences in perinatal outcomes when performing ECC or DCC, and skin-to-skin contact, or breastfeeding.
 

Fonte:
BJOG : An International Journal of Obstetrics and Gynaecology ; 128(5): 908-915; 2021. DOI: doi.org/10.1111/1471-0528.16607..