Co-ACT: um referencial para observar a coordenação do comportamento em equipes de cuidado de pacientes agudos
Contexto: As equipes de cuidado de pacientes agudos (ECPAs) representam equipes de ação, isto é, equipes nas quais pessoas com funções especializadas devem coordenar suas ações durante ocasiões intensas, frequentemente sob pressão para agirem rapidamente e em grupos de composição instável. Utilizando a observação de comportamento, a pesquisa em segurança do paciente tem se concentrado em definir os comportamentos em equipe - sobretudo a coordenação - que são fundamentais para a segurança do paciente durante essas situações intensas. Um dos resultados desse ambiente de pesquisa divergente é que o número, o escopo e a variedade das taxonomias aplicadas para a observação do comportamento estão aumentando, o que dificulta a comparação e a integração convergente dos resultados da pesquisa.
Objetivo: Facilitar a pesquisa futura sobre ECPAs através de um referencial que apresente uma linguagem comum sobre os comportamentos no trabalho em equipe, permita a comparação de estudos prévios e futuros sobre ECPAs e sirva como uma ferramenta de medição para a observação de ECPAs.
Métodos: Com base na teoria sobre o trabalho em equipe e em evidências empíricas, desenvolvemos o Co-ACT - o Referencial para Observar a Coordenação do Comportamento em ECPAs (Framework for Observing Coordination Behaviour in ACT). Integramos no Co-ACT duas extensas taxonomias prévias. Além disso, sugerimos 12 códigos comportamentais cuja confiabilidade interavaliadores foi determinada através da análise do trabalho de equipes de anestesia filmadas no ambiente clínico. Resultados: O referencial Co-ACT é formado por quatro quadrantes, organizados em duas dimensões (coordenação explícita versus implícita; coordenação das ações versus informações). Cada quadrante contém três categorias nas quais o valor geral do k de Cohen foi substancial; porém, os valores das categorias individuais apresentaram variações consideráveis.
Conclusões: O Co-ACT serve como um referencial para organizar os códigos de comportamento e apresenta categorias para medir de forma concisa o trabalho em equipe nas ECPAs. Além disso, pode servir como uma ferramenta para guiar e comparar os resultados de estudos sobre ECPAs. Trabalhos futuros que utilizem o Co-ACT em diferentes ambientes de pesquisa e formação mostrarão em que medida o referencial pode ser aplicado para avaliar diferentes tipos de ECPAs.
Background: Acute care teams (ACTs) represent action teams, that is, teams in which members with specialised roles must coordinate their actions during intense situations, often under high time pressure and with unstable team membership. Using behaviour observation, patient safety research has been focusing on defining teamwork behaviours-particularly coordination-that are critical for patient safety during these intense situations. As one result of this divergent research landscape, the number, scope and variety of applied behaviour observation taxonomies are growing, making comparison and convergent integration of research findings difficult.
Aim: To facilitate future ACT research by presenting a framework that provides a shared language of teamwork behaviours, allows for comparing previous and future ACT research and offers a measurement tool for ACT observation.
Method: Based on teamwork theory and empirical evidence, we developed Co-ACT-the Framework for Observing Coordination Behaviour in ACT. Integrating two previous, extensive taxonomies into Co-ACT, we also suggested 12 behavioural codes for which we determined inter-rater reliability by analysing the teamwork of videotaped anaesthesia teams in the clinical setting.
Results: The Co-ACT framework consists of four quadrants organised along two dimensions (explicit vs implicit coordination; action vs information coordination). Each quadrant provides three categories for which Cohen's k overall value was substantial; but values for single categories varied considerably.
Conclusions: Co-ACT provides a framework for organising behaviour codes and offers respective categories for succinctly measuring teamwork in ACTs. Furthermore, it has the potential to allow for guiding and comparing ACTs study results. Future work using Co-ACT in different research and training settings will show how well it can generally be applied across ACTs.
