Como os hospitais selecionam as suas prioridades de segurança do paciente: um estudo exploratório em quatro hospitais da Veterans Health Administration

George J ; Parker VA ; Sullivan JL ; Greenan MA ; Chan J ; Shin MH ; Chen Q
Título original:
How hospitals select their patient safety priorities: An exploratory study of four Veterans Health Administration hospitals
Resumo:

CONTEXTO: Os hospitais enfrentam uma pressão constante para reduzir a ocorrência de eventos de segurança do paciente. No entanto, por terem recursos limitados, precisam priorizar as suas melhorias de segurança. A literatura sobre a forma como os hospitais selecionam as suas prioridades de segurança é escassa. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi descrever e comparar as abordagens usadas pelos hospitais da Veterans Health Administration (VA) para selecionar as suas prioridades de segurança. METODOLOGIA: Realizamos entrevistas telefônicas semiestruturadas com informantes-chave (n=16) para coletar dados sobre as prioridades de segurança de quatro hospitais da VA entre maio e dezembro de 2016. Conduzimos então uma análise de conteúdo direcionada das notas das entrevistas, utilizando uma perspectiva de aprendizagem organizacional. Codificamos os dados descritivos sobre as abordagens (sinais, circunstâncias e atividades) utilizadas para selecionar as prioridades de segurança, as capacidades de aprendizagem organizacional a priori (processos, lideranças e ambientes ligados à aprendizagem) e os domínios emergentes. Para comparar os centros participantes, examinamos os dados codificados em busca de padrões. RESULTADOS: Todos os hospitais usaram múltiplas abordagens para selecionar as suas prioridades de segurança; essas abordagens variaram entre os hospitais. Embora nenhuma das abordagens tenha sido descrita como particularmente influente, todos os hospitais usaram abordagens que atendiam aos requisitos ao nível sistêmico ou nacional (ou seja, atividades exigidas por pressões externas). As outras abordagens usadas pelos hospitais (por exemplo, responder às preocupações dos profissionais sobre problemas de segurança do paciente, conduzir investigações através de equipes multidisciplinares) estiveram menos ligadas às atividades exigidas externamente e demonstraram a capacidade de aprendizagem organizacional em relação aos processos (tais como o monitoramento do desempenho), ao ambiente (segurança psicológica dos profissionais) e às lideranças (estabelecimento de uma cultura não punitiva). IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA: Os líderes devem examinar as abordagens utilizadas para selecionar as prioridades de segurança e o papel da aprendizagem organizacional nessas abordagens de seleção. Se as organizações só utilizarem abordagens centradas em atividades exigidas externamente, podem deixar de identificar prioridades de segurança relevantes ao nível local, mas que não tenham sido estabelecidas como significativas ao nível sistêmico ou nacional. A aprendizagem organizacional pode promover o uso de abordagens variadas para orientar a seleção das prioridades de segurança dos hospitais e, assim, beneficiar os seus esforços de melhoria da segurança.

Resumo Original:

BACKGROUND: Hospitals face ongoing pressure to reduce patient safety events. However, given resource constraints, hospitals must prioritize their safety improvements. There is limited literature on how hospitals select their safety priorities. PURPOSE: The aim of this research was to describe and compare the approaches used by Veterans Health Administration (VA) hospitals to select their safety priorities. METHODOLOGY: Semistructured telephone interviews with key informants (n = 16) were used to collect data on safety priorities in four VA hospitals from May to December 2016. We conducted a directed content analysis of the interview notes using an organizational learning perspective. We coded for descriptive data on the approaches (e.g., set of cues, circumstances, and activities) used to select safety priorities, a priori organizational learning capabilities (learning processes, learning environment, and learning-oriented leadership), and emergent domains. For cross-site comparisons, we examined the coded data for patterns. RESULTS: All hospitals used multiple approaches to select their safety priorities; these approaches used varied across hospitals. Although no single approach was reported as particularly influential, all hospitals used approaches that addressed system level or national requirements (i.e., externally required activities). Additional approaches used by hospitals (e.g., responding to staff concerns of patient safety issues, conducting a multidisciplinary team investigation) were less connected to externally required activities and demonstrated organizational learning capabilities in learning processes (e.g., performance monitoring), learning environment (e.g., staff's psychological safety), and learning-oriented leadership (e.g., establishing a nonpunitive culture). PRACTICE IMPLICATIONS: Leaders should examine the approaches used to select safety priorities and the role of organizational learning in these selection approaches. Exclusively relying on approaches focused on externally required activities may fail to identify safety priorities that are locally relevant but not established as significant at the system or national levels. Organizational learning may promote hospitals' use of varied approaches to guide their selection of safety priorities and thereby benefit hospital safety improvement efforts.

Fonte:
Health Care Management Review ; 2019. DOI: 10.1097/HMR.0000000000000260.