Comportamento de segurança sob pressão: os efeitos das demandas profissionais, dos recursos e do clima de segurança sobre o comportamento de segurança físico e psicossocial dos trabalhadores

BRONKHORST, B.
Título original:
Behaving safely under pressure: The effects of job demands, resources, and safety climate on employee physical and psychosocial safety behavior
Resumo:

Introdução: Estudos anteriores mostraram que os trabalhadores que sofrem grande demandas profissionais são mais propensos a adotar comportamentos inseguros no local de trabalho. Neste artigo, examinamos por que alguns profissionais se comportam de maneira segura quando confrontados com essas demandas, e outros não. Contribuímos com a literatura ao incorporar o clima de segurança tanto físico como psicossocial ao modelo de demandas profissionais e recursos (JD-R, na sigla em inglês) e estendê-lo para incluir variantes físicas e psicossociais do comportamento de segurança.

Métodos: Utilizando uma amostra de 6230 profissionais de saúde de 52 organizações, examinamos a relação entre as demandas profissionais e (a) recursos, (b) clima de segurança e (c) comportamento de segurança. Realizamos análises multinível para testar as nossas hipóteses.

Resultados: As demandas profissionais (isto é, a pressão no trabalho), os recursos profissionais (autonomia no trabalho, apoio dos supervisores e apoio dos colegas de trabalho) e o clima de segurança (tanto físico quanto psicossocial) estão diretamente associados, respectivamente, a um pior e melhor comportamento de segurança físico e psicossocial. Também encontramos algumas evidências de que o clima de segurança ajuda a mitigar o impacto negativo das demandas profissionais (o conflito entre a vida profissional e familiar e a precariedade do trabalho) sobre o comportamento de segurança e reforça o impacto positivo dos recursos profissionais (o apoio dos colegas de trabalho) sobre tal comportamento.

Conclusões: Tanto para a segurança física como psicológica, os nossos resultados mostram que o reforço do clima de segurança numa organização pode promover o comportamento de segurança entre os trabalhadores.

Implicações práticas: O clima de segurança de uma organização é um alvo ideal para intervenções destinadas a prevenir e melhorar os resultados negativos de saúde e de segurança física e psicológica, especialmente em tempos de incerteza e mudança.

Resumo Original:

Introduction: Previous research has shown that employees who experience high job demands are more inclined to show unsafe behaviors in the workplace. In this paper, we examine why some employees behave safely when faced with these demands while others do not. We add to the literature by incorporating both physical and psychosocial safety climate in the job demands and resources (JD-R) model and extending it to include physical and psychosocial variants of safety behavior.

Method: Using a sample of 6230 health care employees nested within 52 organizations, we examined the relationship between job demands and (a) resources, (b) safety climate, and (c) safety behavior. We conducted multilevel analyses to test our hypotheses.

Results: Job demands (i.e., work pressure), job resources (i.e., job autonomy, supervisor support, and co-worker support) and safety climate (both physical and psychosocial safety climate) are directly associated with, respectively, lower and higher physical and psychosocial safety behavior. We also found some evidence that safety climate buffers the negative impact of job demands (i.e., work-family conflict and job insecurity) on safety behavior and strengthens the positive impact of job resources (i.e., co-worker support) on safety behavior.

Conclusions: Regardless of whether the focus is physical or psychological safety, our results show that strengthening the safety climate within an organization can increase employees' safety behavior. Practical implication: An organization's safety climate is an optimal target of intervention to prevent and ameliorate negative physical and psychological health and safety outcomes, especially in times of uncertainty and change.

Fonte:
Journal of Safety Research ; 55: 63-72; 2015. DOI: 10.1016/j.jsr.2015.09.002.
DECS:
cultura organizacional, assunção de riscos , gestão da segurança, estresse psicologico, trabalho, local de trabalho