Comunicação em circuito fechado em equipes interprofissionais de emergência: um estudo de observação transversal sobre o uso pela equipe de anestesia
Objetivos: A falha de comunicação é uma das causas mais comuns de eventos adversos em hospitais e representa uma ameaça direta à segurança do paciente. Pesquisas recomendam o uso da comunicação em circuito fechado em equipes interprofissionais de emergência para evitar tais eventos. Vários estudos examinaram a comunicação em circuito fechado durante o treinamento de simulação, mas poucos investigaram seu uso na prática clínica. O objetivo do estudo foi explorar o uso da comunicação em circuito fechado pelos profissionais de anestesia em equipes interprofissionais de emergência da vida real. Métodos: Este estudo teve um desenho descritivo transversal, no qual observações de campo estruturadas foram usadas para avaliar o uso de comunicação em circuito fechado pelos profissionais de anestesia em equipes interprofissionais de emergência da vida real. Um total de 60 equipes interprofissionais foi observado, incluindo 120 profissionais de anestesia em um hospital no sudeste da Noruega. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados: Foi registrado um total de 1.626 chamadas, nas quais a comunicação em circuito fechado foi aplicada em 45%. A comunicação em circuito fechado foi usada com mais frequência quando as chamadas eram feitas usando contato visual e quando as chamadas eram pedidos de medicação. Não houve diferença no uso de comunicação em circuito fechado entre enfermeiros anestesistas e anestesiologistas. A comunicação em circuito fechado foi usada com mais frequência em equipes de parada cardíaca do que em equipes de trauma. Conclusões: Os achados deste estudo contribuíram para o conhecimento sobre o uso da comunicação em circuito fechado pelos profissionais de anestesia em equipes interprofissionais de emergência da vida real e indicam um potencial de melhoria. Mais pesquisas são necessárias sobre os padrões de comunicação das equipes interprofissionais de emergência da vida real e as possíveis barreiras ao uso da comunicação em circuito fechado, com o objetivo de melhorar a segurança do paciente.
Objectives Communication failure is one of the most common causes of adverse events in hospitals and poses a direct threat to patient safety. Research recommends the use of closed-loop communication in interprofessional emergency teams to prevent such events. Multiple studies have examined closed-loop communication during simulation training, but few have investigated its use in clinical practice. The aim of the study was to explore the use of closed-loop communication by anesthesia personnel in real-life interprofessional emergency teams. Methods This study had a descriptive, cross-sectional design where structured field observations were used to assess anesthesia personnel's use of closed-loop communication in real-life interprofessional emergency teams. A total of 60 interprofessional teams were observed, including 120 anesthesia personnel at a hospital in South-Eastern Norway. Data were analyzed using descriptive statistics. Results A total of 1626 call outs were registered, in which closed-loop communication was applied in 45%. Closed-loop communication was used more frequently when call outs were directed using eye contact and when the call outs were medication orders. There was no difference in the use of closed-loop communication between nurse anesthetists and anesthesiologists. Closed-loop communication was used more frequently in cardiac arrest teams than in trauma teams. Conclusions The findings in this study have contributed knowledge about anesthesia personnel's use of closed-loop communication in real-life interprofessional emergency teams and indicate a potential for improvement. Further research is needed about real-life interprofessional emergency teams' communication patterns and potential barriers from using closed-loop communication, with the aim to improve patient safety.
