Contexto organizacional de hospitais que participaram de um projeto multicêntrico de melhoria de qualidade da conciliação medicamentosa (MARQUIS2): um estudo transversal observacional
OBJETIVOS: A conciliação medicamentosa (CM) é uma importante estratégia de segurança do paciente, sendo amplamente utilizada em hospitais dos EUA e de todo o mundo. Ainda assim, tem sido difícil implementar uma CM de alta qualidade. Como parte de um estudo maior que investiga as intervenções de CM, avaliamos e comparamos fatores contextuais organizacionais e a coesão das equipes segundo características dos hospitais e segundo a profissão dos membros das equipes para entender melhor o contexto ambiental e seus correlatos durante uma iniciativa multicêntrica de melhoria da qualidade (MQ). DESENHO: Realizamos um estudo transversal observacional utilizando um questionário on-line (fatores contextuais) e uma base de dados hospitalar nacional (características dos hospitais). AMBIENTE: Hospitais participantes do segundo Estudo Multicêntrico de Melhoria da Qualidade da Conciliação Medicamentosa (MARQUIS2). PARTICIPANTES: Membros das equipes de implementação de 18 hospitais participantes do projeto MARQUIS2. RESULTADOS: Desfecho primário: classificação de fatores contextuais (capacidade organizacional, apoio por parte das lideranças, alinhamento de metas, envolvimento dos profissionais, clima de segurança do paciente e coesão da equipe). Desfecho secundário: diferenças em fatores contextuais segundo as características dos hospitais. RESULTADOS: Ao todo, 55 membros de equipes dos 18 hospitais participantes completaram o questionário. A classificação dos fatores contextuais variou significativamente segundo o domínio (p<0,001): a capacidade organizacional teve a pontuação mais baixa (média=4,0 de 7,0), e a percepção de coesão das equipes e do alinhamento das metas teve a pontuação mais alta (média≈6,0 de 7,0). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas nos fatores contextuais segundo as características dos hospitais (p>0,05). Os farmacêuticos participantes deram uma pior classificação ao apoio por parte das lideranças que os enfermeiros ou outros profissionais (p=0,01). CONCLUSÕES: O tamanho, o tipo e a localização do hospital não provocaram diferenças nos fatores contextuais, sugerindo que a implementação do projeto de MQ para a CM adaptada às características dos hospitais pode não ser necessária. A forte coesão das equipes sugere que o uso de equipes interdisciplinares não prejudica a coesão na condução de projetos de MQ. Os líderes das organizações devem se concentrar particularmente em apoiar os serviços de farmácia e em dar atenção às suas preocupações durante iniciativas de MQ para a CM. A pesquisa futura deve correlacionar os fatores contextuais com o sucesso da implementação, a fim de servir como base para uma melhor preparação dos centros na implementação de intervenções complexas de MQ, como a CM.
OBJECTIVES: Medication reconciliation (MedRec) is an important patient safety strategy and is widespread in US hospitals and globally. Nevertheless, high quality MedRec has been difficult to implement. As part of a larger study investigating MedRec interventions, we evaluated and compared organisational contextual factors and team cohesion by hospital characteristics and implementation team members' profession to better understand the environmental context and its correlates during a multi-site quality improvement (QI) initiative. DESIGN: We conducted a cross-sectional observational study using a web survey (contextual factors) and a national hospital database (hospital characteristics). SETTING: Hospitals participating in the second Multi-Centre Medication Reconciliation Quality Improvement Study (MARQUIS2). PARTICIPANTS: Implementation team members of 18 participating MARQUIS2 hospitals. OUTCOMES: Primary outcome: contextual factor ratings (ie, organisational capacity, leadership support, goal alignment, staff involvement, patient safety climate and team cohesion). Secondary outcome: differences in contextual factors by hospital characteristics. RESULTS: Fifty-five team members from the 18 participating hospitals completed the survey. Ratings of contextual factors differed significantly by domain (p<0.001), with organisational capacity scoring the lowest (mean=4.0 out of 7.0) and perceived team cohesion and goal alignment scoring the highest (mean~6.0 out of 7.0). No statistically significant differences were observed in contextual factors by hospital characteristics (p>0.05). Respondents in the pharmacy profession gave lower ratings of leadership support than did those in the nursing or other professions group (p=0.01). CONCLUSIONS: Hospital size, type and location did not drive differences in contextual factors, suggesting that tailoring MedRec QI implementation to hospital characteristics may not be necessary. Strong team cohesion suggests the use of interdisciplinary teams does not detract from cohesion when conducting mentored QI projects. Organisational leaders should particularly focus on supporting pharmacy services and addressing their concerns during MedRec QI initiatives. Future research should correlate contextual factors with implementation success to inforhow best to prepare sites to implement complex QI interventions such as MedRec.
