Cultura de segurança do paciente em diferentes ambientes de cuidados: pontos fortes e oportunidades de melhoria
Objetivo: Identificar os pontos fortes e as oportunidades de melhoria em relação à Cultura de Segurança (CS) para pacientes por profissionais de saúde em diferentes ambientes de cuidado e analisar sua associação com fatores sociais e profissionais. Método: Um estudo transversal descritivo realizado no Parc Sanitari Sant Joan de Déu em Sant Boi de Llobregat (Barcelona, Espanha). O estudo incluiu profissionais de saúde; foram excluídos os estudantes ou aqueles que trabalhavam há menos de um ano (N= 1.976). Foi aplicada a versão espanhola do questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture. Os pontos fortes foram considerados em ≥ 75% das respostas positivas, e as oportunidades de melhoria em ≥ 50% das respostas negativas. Foram realizadas uma análise descritiva e uma análise bivariada por meio de Qui-Quadrado, U de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, sendo considerada significância estatística p< 0,05. Resultados: O estudo envolveu 205 profissionais (10,4%); 56,1% eram do sexo feminino, 25,4% eram enfermeiros, 54,6% trabalhavam em Saúde Mental, 76,1% trabalhavam no turno diurno e 71,7% trabalhavam há > 5 anos. A dimensão “trabalho em equipe dentro das unidades/departamentos” foi a única dentre as 12 analisadas que representou um ponto forte (75,31% de respostas positivas). Não foram identificadas oportunidades de melhoria, mas “contingentes de pessoal” foi a dimensão com pior classificação (44,26% das respostas negativas). Os auxiliares de enfermagem apresentaram maior CS, assim como os profissionais do turno noturno, os que trabalhavam >5 anos e os do ambiente hospitalar. O cenário com menor CS foi a Saúde Mental. Conclusões: O trabalho em equipe é um elemento-chave na CS. É essencial elaborar estratégias que gerem um impacto positivo na segurança do paciente, como o reforço da equipe.(AU)
Objective: to identify the strengths and improvement opportunities regarding Safety Culture (SC) for patients by healthcare professionals in different settings of care, and to analyse their association with social and professional factors. Method: a descriptive cross-sectional study conducted at the Parc Sanitari Sant Joan de Déu in Sant Boi de Llobregat, (Barcelona, Spain). The study included healthcare professionals; students or those who had been working for <1 year were excluded (N= 1,976). The Spanish version of the Hospital Survey on Patient Safety Culture questionnaire was administered. Strengths were considered at ≥ 75% of positive answers, and improvement opportunities at ≥ 50% of negative answers. Descriptive analysis was conducted, and bivariate analysis through Square Chi, Mann-Whitney’s U and Kruskal-Wallis; statistical significance was considered at p< 0.05 values. Results: the study involved 205 professionals (10.4%); 56.1% were female, 25.4% were nurses, 54.6% worked in Mental Health, 76.1% worked in the day shift, and 71.7% had been working for > 5 years. The dimension “teamwork within the units/ departments” was the only one out of the 12 analysed which represented a strength (75.31% of positive answers). No improvement opportunities were identified, but “staffing” was the dimension with the worst rating (44.26% of negative answers). Nursing assistants showed higher SC, as well as those in the night shift, those who had been working >5 years and those in the hospital setting. The setting with the lowest SC was Mental Health. Conclusions: teamwork is a key element in SC. It is essential to design strategies that will generate a positive impact on patient safety, such as reinforcing the staff.(AU)
