Debriefing pós-crise: uma ferramenta para melhorar a qualidade entre equipes médicas durante emergências
OBJETIVOS: Examinar as percepções dos profissionais clínicos sobre a qualidade das respostas técnicas e não técnicas a emergências e a aplicação do debriefing pós-crise. DESENHO: Questionário descritivo, anônimo e autopreenchido sobre as necessidades e percepções relativas à implementação de debriefings pós-crise. AMBIENTE: Instituto médico italiano com múltiplas especialidades focado no transplante de órgãos sólidos e no tratamento da falência de órgãos. DESFECHOS PRINCIPAIS: Percepções sobre a aplicação de diretrizes e avaliação da implementação de debriefings durante emergências hospitalares. RESULTADOS: A taxa de resposta ao questionário foi de 25% (148 profissionais da saúde). De todos os participantes, 86% estavam empregados há mais de 10 anos e 75% haviam estado envolvidos em ≤5 emergências no ano anterior. Ao todo, 55% dos participantes consideraram que as diretrizes de reanimação eram plenamente aplicadas; 64% consideraram que o programa de ensino era suficiente. De todos os participantes, 97% estavam conscientes da importância da dinâmica do trabalho em equipe, 79% estavam conscientes da importância do desempenho pessoal e 52% consideraram as emergências como oportunidades válidas para o crescimento profissional. A liderança foi considerada importante por 45% dos participantes; os debriefings foram implementados por 41%, sendo considerados por 85% como uma ferramenta potencialmente útil. CONCLUSÃO: O debriefing pós-crise é uma forma de difundir a cultura de autorreflexão e aprendizagem ao longo da vida; foi visto como uma ferramenta poderosa para melhorar a qualidade do sistema de resposta rápida pela grande maioria dos participantes.
OBJECTIVES: To examine clinicians' perception of quality of technical and non-technical response to emergencies and application of post crisis debriefing. DESIGN: Descriptive, anonymous, self-reporting survey on the needs and perception of a post-crisis debriefing implementation. SETTING: Multi-specialist medical institute in Italy focused on solid organ transplantation and organ failure support. MAIN OUTCOMES: Perception of application of guidelines and evaluation of debriefing implementation during in-hospital emergencies. RESULTS: Response rate to the survey was 25% (148 health care workers). Of all respondents, 86% were employed >10 years, 75% were involved in ≤5 emergencies over the previous year. Resuscitation guidelines were considered fully applied by 55%; 64% of respondents considered the teaching programme as sufficient. Of all participants, 97% were aware of the importance of teamwork dynamics, 79% were aware of the importance of the personal performance, and 52% considered emergencies as valid opportunities for professional growth. Leadership was considered important by 45% of respondents; debriefing implemented by 41%, and considered a potentially useful tool by 85%. CONCLUSION: Post-crisis debriefing is a way to diffuse self-reflective and life-long learning culture; it is perceived as a powerful tool for improving quality of the rapid response system by the vast majority of those surveyed.
