Educação em segurança do paciente 20 anos após o relatório do Institute of Medicine: resultados de um inquérito transversal nacional
Objetivos: A educação de profissionais da saúde em segurança do paciente é essencial para alcançar melhorias sustentáveis no cuidado. Este estudo procurou identificar os principais elementos constituintes da educação em segurança do paciente, juntamente com suas barreiras e fatores facilitadores, a partir da perspectiva dos profissionais na linha de frente do cuidado. Métodos: Enviamos um questionário eletrônico a 592 profissionais da saúde e educadores em segurança do paciente no Reino Unido. Dois revisores independentes realizaram uma análise temática dos dados em texto livre. Os temas se concentraram nos conteúdos efetivos, práticas de aprendizagem e barreiras e fatores facilitadores para a educação em segurança do paciente. Resultados: Dos 592 participantes que completaram o
inquérito, 545 (92%) apresentaram respostas analisáveis. A confiabilidade interavaliadores da codificação foi elevada, com um k de Cohen de 0,86. Os participantes valorizaram os métodos de aprendizagem prática e interativa como modalidades de ensino ideais e expressaram a necessidade de que o conteúdo fosse baseado em casos clínicos reais e adaptado às necessidades dos alunos. Os fatores facilitadores mais mencionados foram a padronização dos métodos e da avaliação (49%), o financiamento específico (21%) e uma cultura de abertura (20%). Problemas ligados à falta de pessoal e a uma alta carga de trabalho (41%) e a falta de acesso à educação (23%) foram identificados como as principais barreiras para a efetividade e aceitação. Conclusões: Este estudo identificou os principais fatores para o êxito da educação em segurança do paciente em termos de conteúdo e métodos de ensino, juntamente com suas barreiras e fatores facilitadores. Os responsáveis pelo desenvolvimento de currículos e intervenções futuras devem melhorar a padronização, o financiamento, a cultura e o acesso, a fim de otimizar os programas de educação destinados a melhorar a segurança do paciente.
Objectives: Educating healthcare professionals in patient safety is essential to achieving sustainable improvements in care. This study aimed to identify the key constituents of patient safety education alongside its facilitators and barriers from a frontline perspective. Methods: An electronic survey was sent to 592 healthcare professionals and educators in patient safety education in the United Kingdom. Two independent reviewers conducted a thematic analysis of the free-text data. Themes focused on effective content, learning practices and facilitators and barriers to patient safety education. Results: Of 592 individuals completing the survey, 545 (92%) submitted analyzable responses. Interrater reliability of coding was high with Cohen k value of 0.86. Participants endorsed experiential and interactive learning as
idealmodalities for delivery and expressed a need for content to be based on real clinical cases and tailored to the needs of the learners. The most commonly mentioned facilitators were standardization of methods and assessment (49%), dedicated funding (21%), and culture of openness (20%). Staffing problems and high workload (41%) and lack of accessibility of training (23%) were identified as primary barriers of efficacy and uptake. Conclusions: This study identified key factors to the success of patient safety education in terms of content and delivery alongside facilitators and barriers. Future curricula developers and interventions should improve standardization, funding, culture, and access so as to optimize education programs to enhance patient safety.
