Estratégias para dar apoio psicológico a profissionais da saúde durante a pandemia de COVID-19: o Estudo ERNST
A pandemia de COVID-19 levou à implementação de intervenções para dar apoio emocional e psicológico aos profissionais da saúde em muitos países. Este estudo ecológico visa descrever as estratégias implementadas em diferentes países para apoiar os profissionais da saúde durante o surto da doença. Os dados foram coletados através de um questionário on-line sobre as medidas usadas para enfrentar o impacto da pandemia na saúde mental dos profissionais da saúde. Profissionais da saúde, pesquisadores e acadêmicos foram convidados a responder ao questionário. Ao todo, 56 profissionais de 35 países contribuíram com dados para este estudo. Os resultados mostraram que 10 países (28,6%) não lançaram nenhuma intervenção em nível nacional. Tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento lançaram iniciativas semelhantes. Não houve associação entre a existência de qualquer tipo de iniciativa em um país e as taxas de incidência, letalidade e mortalidade por COVID-19, nem com a renda per capita em 2020. A criação de uma linha direta 24h para dar apoio psicológico foi a intervenção mais frequente. Ferramentas de autorresgate através de aplicativos ou websites também foram amplamente utilizadas. Outras intervenções comuns foram o desenvolvimento de protocolos de ação, disponibilização de informações regulares e atualizadas, implantação de sistemas de ensino à distância, programas de detecção precoce da infecção entre profissionais, apoio econômico, contratação de reforço de pessoal e modificação das datas de férias e licenças.
The COVID-19 pandemic led to the implementation of interventions to provide emotional and psychological support to healthcare workers in many countries. This ecological study aims to describe the strategies implemented in different countries to support healthcare professionals during the outbreak. Data were collected through an online survey about the measures to address the impact of the pandemic on the mental health of healthcare workers. Healthcare professionals, researchers, and academics were invited to respond to the survey. Fifty-six professionals from 35 countries contributed data to this study. Ten countries (28.6%) reported that they did not launch any national interventions. Both developed and developing countries launched similar initiatives. There was no relationship between the existence of any type of initiative in a country with the incidence, lethality, and mortality rates of the country due to COVID-19, and per capita income in 2020. The 24 h hotline for psychological support was the most frequent intervention. Tools for self-rescue by using apps or websites were extensively used, too. Other common interventions were the development of action protocols, availability of regular and updated information, implantation of distance learning systems, early detection of infection programs for professionals, economic reinforcements, hiring of staff reinforcement, and modification of leave and vacation dates.
