Estratégias para melhoria na cultura de segurança do paciente em hospitais: uma revisão sistemática
Objetivo: Determinar o efeito de estratégias de cultura de segurança do paciente como forma de aumentar o clima de segurança do paciente dentro do hospital.
Origem dos dados: Busca eletrônica à base de dados Cochrane, bem como aos bancos de dados OVID Medline, Embase, CINAHL e proQuest, com buscas manuais por sítios dainternet em qualidade e segurança. A busca também incluiu bibliografias de artigos publicados em periódicos essenciais na área.
Seleção do estudo: Estudos de língua inglesa publicados entre janeiro de 1996 e abril de 2011 e que mediram efeito das estratégias de cultura de segurança ao se utilizar uma medida quantitativa de clima de segurança do paciente em um contexto hospitalar. Os estudos incluíram ensaios randomizados e controlados (RandomisedControlledTrials – RCTs), ensaios não-RCT, estudos controlados pré/pós, série temporal interrompida e estudos com controle histórico.
Coleta dos dados: A coleta dos dados e sua avaliação crítica foram conduzidas por dois revisores independentes. Foram coletados de cada artigo o desenho do estudo, sua intervenção, o nível de aplicação, seus participantes, as medidas de resultado do clima de segurança, bem como lições de implementação.
Resultados da síntese de dados: Mais de 2000 artigos foram visualizados, sendo que 21 atenderam aos critérios de inclusão: um estudo randomizado por conglomerados, sete estudos controlados pré/pós e treze estudos com controle histórico. Foi possível notar uma variação metodológica entre os estudos. O impacto de onze estratégias diferentes foi reportado. Houve evidência para sustentar que as rondas de líderes (p=0.02) e programas multifacetados das áreas (p<0.05) podem ter um impacto positivo no clima de segurança do paciente.
Conclusões: Apesar da forte validade de face para uma variedade de estratégias de cultura de segurança do paciente, há uma evidência limitada que sustente impactos definitivos nos resultados doclima de segurança do paciente. Organizações são aconselhadas a considerar desenhos de avaliação robustos ao implementarem tais estratégias potencialmente intensivas.
Purpose: To determine the effectiveness of patient safety culture strategies to improve hospital patient safety climate.
Data Sources: Electronic search of the Cochrane Library, OVID Medline, Embase, CINAHL, proQuest and psychinfo databases, with manual searches of quality and safety websites, bibliographies of included articles and key journals.
Study Selection: English language studies published between January 1996 and April 2011 that measured the effectiveness of patient safety culture strategies using a quantitative measure of patient safety climate in a hospital setting. Studies included were randomised controlled trials (RCTs), non-RCTs, controlled before and after studies, interrupted time series and historically controlled studies.
Data Extraction: Data extraction and critical appraisal were conducted by two independent reviewers. Study design, intervention, level of application, setting, study participants, safety climate outcome measures and implementation lessons were extracted from each article.
Results of Data Synthesis: Over 2000 articles were screened, with 21 studies meeting the inclusion criteria, one cluster RCT, seven controlled before and after studies, and 13 historically controlled studies. There was marked methodological heterogeneity amongst studies. Impacts of 11 different strategies were reported. There was some evidence to support that leadership walk rounds (p=0.02) and multi-faceted unit-based programmes (p < 0.05) may have a positive impact on patient safety climate.
Conclusions: Despite strong face validity for a variety of patient safety culture strategies, there is limited evidence to support definitive impacts on patient safety climate outcomes. Organisations are advised to consider robust evaluation designs when implementing these potentially resource intensive strategies.
