Fatores de risco para lesões por pressão em pacientes adultos: uma síntese narrativa

Man-Long Chung ; Manuel Widdel ; Julian Kirchhoff ; Julia Sellin ; Mohieddine Jelali ; Franziska Geiser ; Martin Mücke
Título original:
Risk Factors for Pressure Injuries in Adult Patients: A Narrative Synthesis
Resumo:

Resumo
As lesões por pressão ainda representam uma complicação de saúde grave para os pacientes e profissionais de enfermagem. As evidências da última década ainda não foram analisadas em uma síntese narrativa. Fizemos pesquisas nas bases de dados PubMed, Embase, CINAHL Complete, Web of Science e Cochrane Library, bem como em outras revisões e fontes. Avaliamos o risco de vieses usando uma ferramenta QUIPS ligeiramente modificada. Utilizamos domínios de fatores de risco para atribuir fatores de risco (não) estatisticamente independentes. Incluímos um total de 67 estudos com 679.660 pacientes. Em estudos com risco de vieses baixo a moderado, o eritema não branqueável previu de forma confiável as lesões por pressão de estágio 2. Os fatores que influenciam as condições de fronteira mecânicas, tais como pressão de interface elevada ou IMC <18,5, bem como fatores que afetam a suscetibilidade interindividual (sexo masculino, idade avançada, anemia, hipoalbuminemia, diabetes, hipotensão, baixa atividade física, lesão por pressão preexistente) e aspectos relacionados ao tratamento, como o tempo de internação em unidade de terapia intensiva, foram identificados como possíveis fatores de risco para a ocorrência de lesões por pressão. Para garantir a aplicação das melhores medidas de prevenção e tratamento, é fundamental que os profissionais da saúde tenham conhecimentos baseados em evidências sobre os fatores de risco mencionados neste artigo. Fatores de risco facilmente identificáveis, tais como sexo, idade, IMC, diabetes preexistente e eritema não branqueável, podem servir como sinais de alerta para o desenvolvimento de lesões por pressão. A comunicação cuidadosa de outros fatores de risco, como anemia, hipoalbuminemia ou baixa atividade física, pode otimizar a prevenção e o tratamento. São necessárias mais evidências de alta qualidade.
 

Resumo Original:

Abstract
Pressure injuries remain a serious health complication for patients and nursing staff. Evidence from the past decade has not been analysed through narrative synthesis yet. PubMed, Embase, CINAHL Complete, Web of Science, Cochrane Library, and other reviews/sources were screened. Risk of bias was evaluated using a slightly modified QUIPS tool. Risk factor domains were used to assign (non)statistically independent risk factors. Hence, 67 studies with 679,660 patients were included. In low to moderate risk of bias studies, non-blanchable erythema reliably predicted pressure injury stage 2. Factors influencing mechanical boundary conditions, e.g., higher interface pressure or BMI < 18.5, as well as factors affecting interindividual susceptibility (male sex, older age, anemia, hypoalbuminemia, diabetes, hypotension, low physical activity, existing pressure injuries) and treatment-related aspects, such as length of stay in intensive care units, were identified as possible risk factors for pressure injury development. Health care professionals' evidence-based knowledge of above-mentioned risk factors is vital to ensure optimal prevention and/or treatment. Openly accessible risk factors, e.g., sex, age, BMI, pre-existing diabetes, and non-blanchable erythema, can serve as yellow flags for pressure injury development. Close communication concerning further risk factors, e.g., anemia, hypoalbuminemia, or low physical activity, may optimize prevention and/or treatment. Further high-quality evidence is warranted.

Fonte:
Int J Environ Res Public Health ; 19(2): 761; 2022. DOI: 10.3390/ijerph19020761.