Formação de conceito e aplicação de um modelo de pensamento sistêmico em cuidados de saúde para um sistema educacional

O pensamento sistêmico é desafiador, mas claramente importante no ensino superior para entender as relações entre diferentes elementos que influenciam a qualidade, a aprendizagem e o desempenho dos alunos. Um desafio semelhante é encontrado na área da saúde, onde as atividades de segurança do paciente são cada vez mais vistas e tratadas em uma perspectiva mais ampla do sistema. Um modelo conceitual reconhecido e útil empregado nesta área e relevante para sistemas sociotécnicos complexos, para identificar interações e resultados de atividades relacionadas à segurança do paciente, é a Iniciativa de Engenharia de Sistemas para Segurança do Paciente (Systems Engineering Initiative for Patient Safety - SEIPS). Este é um modelo que pode ser utilizado na área da saúde para a identificação de efeitos não intencionais ao considerar iniciativas de melhoria. Neste artigo, questionamos e discutimos a lógica e a aplicabilidade dos princípios desse modelo em um contexto educacional, com foco no aluno em vez de na segurança do paciente, para identificar e compreender interações que influenciam a aprendizagem. Por exemplo, discutimos o efeito da aprendizagem dos alunos a partir de exames, onde o modelo pode ser usado para identificar e discutir diferentes prós e contras relacionados ao objetivo geral de alcançar melhorias educacionais. Com base na discussão, afirmamos que os princípios do modelo SEIPS servem bem como um modelo conceitual para analisar os benefícios dos esforços educacionais a partir de uma perspectiva de pensamento sistêmico. Um modelo modificado, denominado STEQ, bem adequado para o contexto educacional, é apresentado no artigo.
 

Systems thinking is challenging but clearly important in higher education to understand relationships between different elements influencing the quality and student learning and achievement. A similar challenge is found in healthcare, where patient safety activities are more and more seen and dealt with in a broader system perspective. A recognized and useful conceptual model employed in this area and relevant to complex sociotechnical systems, to identify interactions and outcomes of patient safety-related activities, is the Systems Engineering Initiative for Patient Safety (SEIPS). This is a model that can be used in healthcare for the identification of unintended effects when considering improvement initiatives. In this article, we question and discuss the rationale and applicability of the principles of this model in an educational context, for student focus instead of patient safety, to identify and understand interactions influencing learning. For example, we discuss the effect of student learning from exams, where the model can be used to identify and discuss different pros and cos related to the overall objective of achieving educational improvements. Based on the discussion, we claim that the principles of the SEIPS model serve well as a conceptual framework for analysing the benefits of educational efforts from a systems thinking perspective. A modified model, named STEQ, being well suited for the educational context, is presented in the article.