Higienização das mãos: revisão do estado da arte com ênfase em novas tecnologias e mecanismos de vigilância.

A higienização das mãos (HM) é uma importante medida de prevenção de infecções que reduz a transmissão de patógenos microbianos; entretanto, a adesão dos profissionais de saúde (PSs) à HM continua abaixo da ideal. Uma das principais recomendações dos protocolos atuais é que as soluções à base de álcool sem água constituem o método preferencial de HM na maioria das situações, devido à sua efetividade na rápida redução da contagem bacteriana nas mãos e à sua facilidade de uso. O aumento da adesão à HM é um bom indicador de qualidade nos programas hospitalares de segurança do paciente. Durante um estudo, os observadores podem acompanhar os PSs e realizar observações diretas da HM. Os PSs, porém, podem se sentir impelidos a higienizar as mãos quando há observadores por perto, o que não representa as condições reais da prática. Além disso, a entrada de observadores em quartos de pacientes viola sua privacidade e consome tempo. Também serão discutidas neste trabalho estratégias de vigilância por meio de indicadores indiretos (p.ex., medição do volume consumido de produtos para HM) e o uso de novas tecnologias (p.ex., contadores eletrônicos nos dispensadores de solução, radiofrequência, sensores de álcool e gravação em vídeo).

Hand hygiene (HH) is an important measure in infection prevention to decrease transmission of microbial pathogens; however, HH compliance by health-care workers (HCWs) remains suboptimal. One of the principal recommendations of current guidelines is that waterless, alcohol-based hand rubs are the preferred method for HH in most situations, due to the superior efficacy of these agents in rapidly reducing bacterial counts on hands and their ease of use. Improving HH compliance is a good quality indicator for hospital patient safety programs. Observers can follow HCWs to perform direct HH observations; however, HCWs may be prompted to clean their hands when observers are nearby, which does not represent real-world conditions. Moreover, having observers walk into patient rooms violates patient privacy and is time consuming. HH strategies using indirect metrics for surveillance (e.g., measuring the volume of HH products consumed) and the use of new technologies (e.g., electronic dispenser counters, radiofrequency, alcohol sensors, and video recording) will also be discussed.