Integrando a gestão de infecções e da sepse através de sistemas holísticos de alerta precoce e abordagens heurísticas: uma proposta conceitual

Giorgio Tulli ; Giulio Toccafondi
Título original:
Integrating infection and sepsis management through holistic early warning systems and heuristic approaches: a concept proposal
Resumo:

Esta é uma primeira tentativa de integrar os três pilares da gestão de infecções: prevenção, controle e vigilância de infecções (PCVI), gestão do uso de antibióticos e identificação e tratamento rápido da sepse. A nova definição de “Sepse-3” extrapola o diagnóstico de sepse a partir de nosso conceito anterior, relativamente ingênuo, de uma evolução por etapas. Ao fazê-lo, porém, colocamos a transição da infecção para a sepse no domínio da incerteza e de um processo dependente do tempo. Isto agora exige que o julgamento clínico seja usado na estratificação do risco de pacientes com infecção, devendo ser usadas soluções locais pragmáticas para instar os profissionais clínicos a avaliar formalmente a sepse. Consideramos que é necessário estimular o desenvolvimento de uma nova geração de conceitos e modelos com o objetivo de abraçar a incerteza. Vemos a oportunidade de adotar uma abordagem heurística centrada nos preditores clínicos relevantes que temos em mãos, permitindo navegar a incerteza do diagnóstico de infecção num contexto em que o tempo é limitado. As abordagens clínicas variadas e situadas que acabarão por emergir precisarão se concentrar na compreensão da infecção como uma interação desequilibrada entre hospedeiro, patógeno e ambiente. Para estender esta abordagem durante toda a jornada do paciente, propomos um sistema holístico de alerta precoce fundamentado em categorias de perigos e vulnerabilidades baseadas no risco, fomentadas iterativamente pelas informações coletadas pelos serviços de prevenção, controle e vigilância de infecções, microbiologia clínica e química clínica.
 

Resumo Original:

This is a first attempt to integrate the three pillars of infection management: the infection prevention and control (IPC), and surveillance (IPCS), antimicrobial stewardship (AMS), and rapid identification and management of sepsis (RIMS). The new 'Sepsis-3' definition extrapolates the diagnosis of sepsis from our previously slightly naïve concept of a stepwise evolving pattern. In doing so, however, we have placed the transition from infection toward sepsis in the domain of uncertainty and time-dependency. This now demands that clinical judgment be used in the risk stratification of patients with infection, and that pragmatic local solutions be used to prompt clinicians to evaluate formally for sepsis. We feel it is necessary to stimulate the development of a new generation of concepts and models aiming at embracing uncertainty. We see the opportunity for a heuristic approach focusing on the relevant clinical predictors at hand allowing to navigate the uncertainty of infection diagnosis under time constraints. The diverse and situated clinical approaches eventually emerging need to focus on the understanding of infection as the unbalanced interactions of host, pathogen, and environment. In order extend such approach throughout the patient journey we propose a holistic early warning system underpinned by the risk-based categories of hazards and vulnerabilities iteratively fostered by the information gathered by the infection prevention control and surveillance, clinical microbiology, and clinical chemistry services.
 

Fonte:
Diagnosis ; 2021. DOI: 10.1515/dx-2020-0142.