Intervenções educacionais para melhorar a passagem de casos no cuidado de saúde: uma revisão sistemática atualizada

GORDON, M. ; HILL, E. ; STOJAN, J. N. ; DANIEL, M.
Título original:
Educational Interventions to Improve Handover in Health Care: An Updated Systematic Review
Resumo:

Objetivo: As passagens de casos efetivas são fundamentais para a segurança do paciente. Em 2011, uma revisão sistemática feita por educadores médicos investigou intervenções educacionais para melhorar as passagens de casos. O número de publicações sobre educação para a passagem de casos aumentou desde então; por isso, decidimos realizar esta revisão atualizada.

Métodos: Consideramos estudos que envolvessem intervenções educacionais para melhorar a passagem de casos entre estudantes ou profissionais de saúde em setores de cuidado de pacientes agudos. Em setembro de 2016, dois autores realizaram pesquisas padronizadas independentes em bases de dados on-line, extraíram os dados e avaliaram a qualidade dos artigos incluídos. A seguir, realizaram uma análise de conteúdo e extraíram os principais temas das intervenções descritas.

Resultados: Ao todo, 18 artigos cumpriram os critérios de inclusão. Todos os estudos, exceto dois, foram realizados nos Estados Unidos. As intervenções mais comuns envolveram exercícios com um só paciente, baseados em simulações e dramatizações. Muitos estudos mencionaram a educação ou prática multiprofissional, mas a maior parte das intervenções ocorreu em contextos que envolveram um único grupo profissional. A análise das intervenções revelou três grandes temas: facilitar a gestão de informações, reduzir o potencial de erros e melhorar a confiança. A maioria dos estudos avaliou os resultados de Kirkpatrick sobre melhoria dos conhecimentos e habilidades (Níveis 1 e 2). Em geral, a força das conclusões foi fraca.

Conclusões: Apesar do maior interesse e do maior número de publicações sobre a passagem de casos, a qualidade da pesquisa publicada continua baixa. A baixa qualidade dos artigos que descrevem as intervenções, especialmente no que diz respeito à teoria educacional, pedagogia, currículos e necessidades de recursos, continua a impedir a replicação. As metodologias, a duração do período de acompanhamento e o escopo da avaliação dos resultados (níveis de Kirkpatrick) ainda são fracos. É fundamental que os trabalhos futuros resolvam estes problemas e considerem o papel das passagens de casos multiprofissionais e envolvendo múltiplos pacientes.

Resumo Original:

Purpose: Effective handovers (handoffs) are vital to patient safety. Medical educators investigated educational interventions to improve handovers in a 2011 systematic review. The number of publications on handover education has increased since then, so authors undertook this updated review.

Method: The authors considered studies involving educational interventions to improve handover amongst undergraduate or postgraduate health professionals in acute care settings. In September 2016, two authors independently conducted a standardized search of online databases and completed a data extraction and quality assessment of the articles included. They conducted a content analysis of and extracted key themes from the interventions described.

Results: Eighteen reports met the inclusion criteria. All but two were based in the United States. Interventions most commonly involved single-patient exercises based on simulation and role play. Many studies mentioned multiprofessional education or practice, but interventions occurred largely in single-professional contexts. Analysis of interventions revealed three major themes: facilitating information management, reducing the potential for errors, and improving confidence. The majority of studies assessed Kirkpatrick's outcomes of knowledge and skill improvement (Levels 1 and 2). The strength of conclusions was generally weak.

Conclusions: Despite increased interest in and publications on handover, the quality of published research remains poor. Inadequate reporting of interventions, especially as they relate to educational theory, pedagogy, curricula, and resource requirements, continues to impede replication. Weaknesses in methodologies, length of follow-up, and scope of outcomes evaluation (Kirkpatrick levels) persist. Future work to address these issues, and to consider the role of multiprofessional and multiple-patient handovers, is vital.This is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution-Non Commercial-No Derivatives License 4.0 (CCBY-NC-ND), where it is permissible to download and share the work provided it is properly cited. The work cannot be changed in any way or used commercially without permission from the journal.

Fonte:
Academic medicine : journal of the Association of American Medical Colleges ; 2018. DOI: 10.1097/ACM.0000000000002236.
Nota Geral:

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