Intubação endotraqueal neonatal
Apesar de ter sido descrita há mais de 2000 anos, somente nos séculos XVIII e XIX a intubação endotraqueal neonatal passou a ser aceita como uma técnica válida para a ventilação pulmonar ao nascimento. Ainda assim, a prática caiu em desuso, e muitos outros métodos estranhos passaram a ser usados para reanimar bebês ao nascimento. Entretanto, no início do século XX, Flagg recomendou a intubação endotraqueal para a ventilação com pressão positiva de neonatos nos EUA6, e Blaikely e Gibberd fizeram recomendações semelhantes no Reino Unido em 1935. Por outro lado, o único estudo em humanos sobre intubação ao nascimento comparada à técnica habitual de reanimação numa câmara de pressão, realizado em 1966, não encontrou diferenças entre as duas práticas. Somente com o desenvolvimento da respiração artificial nas décadas de 1960 e 1970 a intubação endotraqueal se tornou parte da nascente especialidade da terapia intensiva neonatal. Embora essa técnica esteja agora bem estabelecida como uma necessidade para alguns poucos bebês ao nascimento e para crianças que recebem ventilação por pressão positiva, o interesse pela ventilação não-invasiva e pela pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) como alternativas ressalta a ausência de evidências humanas randomizadas que favoreçam seu uso. Este artigo irá rever parte das evidências sobre o tema e descrever a técnica de intubação neonatal.
Despite the fact that neonatal endotracheal intubation was described more than 2000 years ago,it was only in the 18th and 19th centuries that it began to be accepted as a worthwhile technique for ventilating lungs at birth. Nevertheless, the practice fell out of favour and many other strange methods were used to resuscitate babies at birth. However, in the early 20th century Flagg recommended endotracheal intubation for positive pressure ventilation of newly born babies in the USA and Blaikely and Gibberd made similar recommendations in the UK in 1935. Conversely, the only trial in humans of intubation at birth compared with the standard technique of resuscitation in a pressure chamber in 1966 found no difference between the two practices.It was with the developments in artificial respiration in the 1960s and 1970s that endotracheal intubation became an established part of the developing speciality of neonatal intensive care. Although it is now well established as a requirement for a few babies at birth and for infants receiving positive pressure ventilation, the interest in non-invasive ventilation and continuous positive airways pressure (CPAP) as alternatives underlines the lack of randomised human evidence for its use. This article will review some of the evidence and describe the technique of neonatal intubation.