Listas de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos em atenção primária: uma revisão sistemática sobre desfechos de saúde
Este estudo revisou sistematicamente a literatura sobre a associação de listas de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) na prática clínica e desfechos de saúde na população idosa acompanhada na atenção primária à saúde. Para tanto, o protocolo PRISMA foi usado para sistematizar a busca de artigos nas bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Central, LIVIVO e LILACS, além da literatura cinzenta. Foram selecionados estudos com ensaios clínicos randomizados, incluindo a utilização de critérios explícitos (listas) para identificar e manejar MPI em prescrições para idosos atendidos na atenção primária. Dos 2.400 artigos encontrados, seis foram utilizados para extração de dados. As intervenções reduziram significativamente o número de MPI e eventos adversos a medicamentos e, consequentemente, nas prescrições potencialmente inadequadas em idosos polimedicados. No entanto, não houve efeitos significativos das intervenções sobre desfechos clínicos negativos (como visitas a serviços de emergência, hospitalizações e óbito) ou melhora das condições de saúde dos idosos. O uso de listas de MPI pode promover a adequação da prescrição de medicamentos para idosos na atenção primária à saúde, mas mais estudos são necessários para determinar os impactos da redução de MPI em desfechos clínicos primários.
Este estudo revisou sistematicamente a literatura sobre a associação de listas de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) na prática clínica e desfechos de saúde na população idosa acompanhada na atenção primária à saúde. Para tanto, o protocolo PRISMA foi usado para sistematizar a busca de artigos nas bases de dados PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Central, LIVIVO e LILACS, além da literatura cinzenta. Foram selecionados estudos com ensaios clínicos randomizados, incluindo a utilização de critérios explícitos (listas) para identificar e manejar MPI em prescrições para idosos atendidos na atenção primária. Dos 2.400 artigos encontrados, seis foram utilizados para extração de dados. As intervenções reduziram significativamente o número de MPI e eventos adversos a medicamentos e, consequentemente, nas prescrições potencialmente inadequadas em idosos polimedicados. No entanto, não houve efeitos significativos das intervenções sobre desfechos clínicos negativos (como visitas a serviços de emergência, hospitalizações e óbito) ou melhora das condições de saúde dos idosos. O uso de listas de MPI pode promover a adequação da prescrição de medicamentos para idosos na atenção primária à saúde, mas mais estudos são necessários para determinar os impactos da redução de MPI em desfechos clínicos primários.