Medição e monitoramento da segurança do paciente perioperatório: uma abordagem básica para os profissionais clínicos
Objetivo da revisão: Estudos recentes indicam que os pacientes sofrem taxas consideráveis de danos perioperatórios evitáveis, levantando preocupações entre anestesistas sobre o prejuízo à segurança do paciente. A anestesia sempre esteve na vanguarda das iniciativas de melhoria da segurança do paciente. Entretanto, a melhoria concreta da segurança local requer mensurações locais, que podem ser afetadas por barreiras à coleta de dados e às atividades de melhoria. Como muitas dessas barreiras estão relacionadas com a notificação obrigatória, esta revisão se concentrou nos métodos de medição que podem ser usados por anestesistas como ferramentas de autoaperfeiçoamento, até mesmo de forma independente da notificação obrigatória, e usando técnicas básicas amplamente disponíveis na maioria das instituições.
Resultados recentes: Quatro abordagens de medição mutuamente complementares podem ser adequadas para a aprendizagem local sobre a segurança do paciente: medições baseadas em incidentes e taxas, inquéritos com profissionais e inquéritos com pacientes. Há relatos de que métodos individuais ajudam a adaptar as soluções aos problemas e a reduzir a ocorrência de danos, a morbidade e a mortalidade dos pacientes.
Conclusão: Considerando o potencial das medidas perioperatórias de segurança do paciente para melhorar os resultados do cuidado prestado ao paciente, a ausência de um padrão de medição amplamente aceito e a existência de muitas barreiras à notificação, parece aconselhável adotar uma abordagem pragmática para medir localmente a segurança do paciente.
Curr Opin Anaesthesiol.
Purpose of review: Recent research points to considerable rates of preventable perioperative patient harm and anaesthesiologists' concerns about eroding patient safety. Anaesthesia has always been at the forefront of patient safety improvement initiatives. However, factual local safety improvement requires local measurement, which may be afflicted by barriers to data collection and improvement activities. Because many of these barriers are related to mandatory reporting, the focus of this review is on measurement methods that can be used by practicing anaesthesiologists as self-improvement tools, even independently from mandatory reporting, and using basic techniques widely available in most institutions.
Recent findings: Four mutually complementary measurement approaches may be suited for local patient safety learning: incident and rate-based measurements, staff surveys and patient surveys. Reportedly, individual methods have helped to tailor problem solutions and to reduce patient harm, morbidity, and mortality.
Summary: Considering the potential for perioperative patient safety measurements to improve patient outcomes, the absence of a generally accepted measurement standard and manifold barriers to reporting, a pragmatic approach to locally measuring patient safety appears advisable.
