Mudanças na eficiência e na cultura de segurança após a integração de um processo de passagem de casos apoiado pela intervenção I-PASS

SHETH, S. ; McCARTHY, E. ; KIPPS, A. K. ; WOOD, M. ; ROTH, S. J. ; SHAREK, P. J. ; SHIN, A. Y.
Título original:
Changes in efficiency and safety culture after integration of an I-PASS–supported handoff process
Resumo:

Contextos e objetivos: Publicações recentes têm mostrado que processos de passagem de casos de residente para residente estão associados a melhores resultados. No entanto, a implementação de processos semelhantes de passagem de casos entre diferentes unidades e equipes com grandes responsabilidades envolve desafios únicos. Procuramos determinar o impacto de um processo multidisciplinar padronizado de passagem de casos sobre a eficiência, a cultura de segurança e a satisfação.

Métodos: Implementamos uma iniciativa de melhoria prospectiva para padronizar as passagens de casos durante as transições de pacientes da UTI cardiovascular para a unidade de cuidado agudo de um hospital pediátrico universitário.

Resultados: O tempo decorrido entre a passagem de caso verbal e a transferência do paciente diminuiu da linha de base (397 ± 167 minutos) para o período pós-intervenção (24 ± 21 minutos) (p < 0,01). A porcentagem de escores positivos nos domínios de passagem de casos e transições em um inquérito nacional sobre cultura de segurança melhorou (de 15,2% para 39,8% e de 19,6% para 38,8%, p = 0,005 e 0,03, respectivamente). A satisfação dos prestadores melhorou em relação às informações transmitidas (de 34% para 41%, p = 0,03), ao tempo de transferência (de 5% para 34%, p < 0,01) e à experiência geral (de 3% para 24%, p < 0,01). A satisfação dos familiares melhorou em relação a várias questões, incluindo: “satisfação com as informações transmitidas” (de 42% para 70%, p = 0,02), “oportunidades de fazer perguntas” (de 46% para 74%, p < 0,01) e “conhecimento da equipe de cuidado agudo sobre os problemas do meu filho” (de 50% para 73%, p = 0,04). Não foram observadas diferenças nas taxas de reinternação, nas chamadas a equipes de resposta rápida nem na mortalidade.

Conclusões: A implementação de um processo de passagem de casos multidisciplinar apoiado pela intervenção I-PASS para pacientes transferidos da UTI cardiovascular para a unidade de cuidado agudo melhorou a eficiência da transferência, os escores de cultura de segurança e a satisfação de prestadores e famílias.

Resumo Original:

Background and objectives: Recent publications have shown improved outcomes associated with resident-to-resident handoff processes. However, the implementation of similar handoff processes for patients moving between units and teams with expansive responsibilities presents unique challenges. We sought to determine the impact of a multidisciplinary standardized handoff process on efficiency, safety culture, and satisfaction.

Methods: A prospective improvement initiative to standardize handoffs during patient transitions from the cardiovascular ICU to the acute care unit was implemented in a university-affiliated children’s hospital.

Results: Time between verbal handoff and patient transfer decreased from baseline (397 ± 167 minutes) to the postintervention period (24 ± 21 minutes) (P < .01). Percentage positive scores for the handoff/transitions domain of a national culture of safety survey improved (39.8% vs 15.2% and 38.8% vs 19.6%; P = .005 and 0.03, respectively). Provider satisfaction improved related to the information conveyed (34% to 41%; P = .03), time to transfer (5% to 34%; P < .01), and overall experience (3% to 24%; P < .01). Family satisfaction improved for several questions, including: "satisfaction with the information conveyed” (42% to 70%; P = .02), “opportunities to ask questions” (46% to 74%; P < .01), and “Acute Care team's knowledgeabout my child’s issues” (50% to 73%; P = .04). No differences in rates of readmission, rapid response team calls, or mortality were observed.

Conclusions: Implementation of a multidisciplinary I-PASS–supported handoff process for patients transferring from the cardiovascular ICU to the acute care unit resulted in improved transfer efficiency, safety culture scores, and satisfaction of providers and families.

Fonte:
Pediatrics ; 137(2): e20150166; 2016. DOI: 10.1542/peds.2015-0166.