Ninguém nunca questiona – polifarmácia em instituições de longa permanência: uma avaliação de métodos mistos de uma iniciativa multidisciplinar para a otimização de medicamentos

Sue Jordan ; Hayley Prout ; Neil Carter ; John Dicomidis ; Jamie Hayes ; Jeffrey Round ; Andrew Carson-Stevens
Título original:
Nobody ever questions-Polypharmacy in care homes: A mixed methods evaluation of a multidisciplinary medicines optimisation initiative
Resumo:

Resumo
Contexto: O monitoramento por enfermeiros de sinais e sintomas associados a “efeitos indesejáveis” de medicamentos nos pacientes tem o potencial de prevenir danos evitáveis e otimizar a prescrição.
Intervenção: O Perfil de Reações Adversas a Medicamentos para Polifarmácia (Adverse Drug Reaction Profile for polypharmacy, ADRe-p) é usado para identificar e documentar possíveis efeitos adversos de medicamentos prescritos com frequência na atenção primária. Os enfermeiros lidam com alguns problemas, passando então o ADRe-p aos farmacêuticos e prescritores para revisão, juntamente com as prescrições.
Objetivos: Investigamos mudanças em: número e natureza dos problemas sofridos pelos residentes segundo os dados registrados no ADRe-p, regimes de prescrição, otimização de medicamentos e custos do cuidado de saúde. Exploramos as etiologias dos problemas identificados e as perspectivas dos participantes.
Ambiente e participantes: Ao todo, 19 residentes de três ILPs do Reino Unido participaram do estudo entre dezembro de 2018 e maio de 2019. Dois usuários dos serviços, três farmacêuticos e seis enfermeiros foram entrevistados.
Métodos: Esta avaliação de processos baseada em métodos mistos integrou dados dos ADRe-ps dos residentes das ILPs e das fichas de medicamentos, tanto no início do estudo como 5 a 10 semanas depois.
Resultados: Recrutamos três das 27 ILPs abordadas e 26 dos 45 residentes elegíveis; em 19 residentes o ADRe-p foi preenchido pelo menos duas vezes. Identificamos melhorias clínicas em 17/19 residentes (número médio de sintomas, 3 [DP 1,67], intervalo 0-7). Alguns exemplos dessas melhorias incluíram o tratamento da dor (seis residentes), convulsões (três), dispneia (um), diarreia (redução do uso de laxantes, dois), quedas (dois de cinco capazes de ficar em pé). Em 12/19 residentes foi possível interromper o uso ou reduzir a dose de um ou mais medicamentos. A aplicação e a revisão do ADRe-p custaram cerca de £ 30, calculados segundo o tempo de trabalho dos profissionais. O ADRe-p ajudou os cuidadores e enfermeiros a chamar a atenção dos prescritores sobre os problemas sofridos pelos residentes.
Implicações: O uso do ADRe-p aliviou casos de sofrimento desnecessário. Também apoiou os cuidadores e enfermeiros, proporcionando uma ferramenta para envolver os farmacêuticos e prescritores, e foi a única estratégia que demonstrou facilitar a otimização de medicamentos na equipe multidisciplinar. O ADRe-p melhorou o cuidado por meio de: a) controles sistemáticos e regulares e documentação dos problemas; b) transmissão de informações dos funcionários da instituição para os prescritores e farmacêuticos; c) registro de mudanças.
 

Resumo Original:

Abstract
Background: Nurse-led monitoring of patients for signs and symptoms associated with documented 'undesirable effects' of medicines has potential to prevent avoidable harm, and optimise prescribing.
Intervention: The Adverse Drug Reaction Profile for polypharmacy (ADRe-p) identifies and documents putative adverse effects of medicines commonly prescribed in primary care. Nurses address some problems, before passing ADRe-p to pharmacists and prescribers for review, in conjunction with prescriptions.
Objectives: We investigated changes in: the number and nature of residents' problems as recorded on ADRe-p; prescription regimens; medicines optimisation: and healthcare costs. We explored aetiologies of problems identified and stakeholders' perspectives.
Setting and participants: In three UK care homes, 19 residents completed the study, December 2018 to May 2019. Two service users, three pharmacists, six nurses gave interviews.
Methods: This mixed-method process evaluation integrated data from residents' ADRe-ps and medicines charts, at the study's start and 5-10 weeks later.
Results: We recruited three of 27 homes approached and 26 of 45 eligible residents; 19 completed ADRe-p at least twice. Clinical gains were identified for 17/19 residents (mean number of symptoms 3 SD 1.67, range 0-7). Examples included management of: pain (six residents), seizures (three), dyspnoea (one), diarrhoea (laxatives reduced, two), falls (two of five able to stand). One or more medicine was de-prescribed or dose reduced for 12/19 residents. ADRe administration and review cost ~£30 in staff time. ADRe-p helped carers and nurses bring residents' problems to the attention of prescribers.
Implications: ADRe-p relieved unnecessary suffering. It supported carers and nurses by providing a tool to engage with pharmacists and prescribers, and was the only observable strategy for multidisciplinary team working around medicines optimisation. ADRe-p improved care by: a) regular systematic checks and problem documentation; b) information transfer from care home staff to prescribers and pharmacists; c) recording changes.

Fonte:
PLoS ONE ; 16(1): e0244519; 2021. DOI: doi.org/10.1371/journal.pone.0244519.