Obstáculos a um cuidado de alta qualidade ao final da vida na unidade de terapia intensiva cirúrgica

Ricardo Diaz Milian
Título original:
Barriers to High Quality End of Life Care in the Surgical Intensive Care Unit
Resumo:

Em unidades de terapia intensiva cirúrgica, frequentemente ocorrem discussões sobre o fim da vida, uma vez que um número significativo de pacientes morre durante a internação, e é comum os pacientes serem operados no último mês de vida. Existem muitas barreiras que impedem o início dessas conversas, incluindo: má comunicação entre profissionais clínicos e familiares, uma abordagem paternalista em relação aos pacientes cirúrgicos e, possivelmente, conflitos de interesses como consequência indesejada de relatos sobre a qualidade cirúrgica. O cuidado com objetivos discordantes refere-se ao cuidado que é prestado a um paciente incapacitado de uma forma que não segue os seus desejos. Este é um erro amplamente negligenciado no cuidado de saúde, que pode ter consequências devastadoras, incluindo o prolongamento inadequado da vida e a utilização de terapias não benéficas. É importante ressaltar que o cuidado paliativo precisa ser reconhecido como um cuidado de qualidade a fim de mitigar os incentivos que poderiam persuadir os médicos a oferecer esses serviços.
 

Resumo Original:

End of life discussions frequently take place in surgical intensive care units, as a significant number of patients die while admitted to the hospital, and surgery is common during the last month of life. Multiple barriers exist to the initiation of these conversations, including: miscommunication between clinicians and surrogates, a paternalistic approach to surgical patients, and perhaps, conflicts of interest as an unwanted consequence of surgical quality reporting. Goal discordant care refers to the care that is provided to a patient that is incapacitated and that is not concordant to his/her wishes. This is a largely unrecognized medical error with devastating consequences, including inappropriate prolongation of life and non-beneficial therapy utilization. Importantly, hospice and palliative care needs to be recognized as quality care in order to deter the incentives that might persuade clinicians from offering these services.

Fonte:
The American Journal of hospice & palliative care ; 38(9): 1064-1070.; 2022. DOI: 10.1177/1049909120969970..