Passagem de casos na Unidade de Terapia Intensiva: o horário não comercial é um momento vulnerável?

HOCHMAN, B. R. ; BARRY, M. E. ; LANE-FALL, M. B. ; ALLEN, S. R. ; HOLENA, D. N. ; SMITH, B. P. ; KAPLAN, L. J.
Título original:
Handoffs in the Intensive Care Unit: are off hours a vulnerable time?
Resumo:

A passagem de casos dos centros cirúrgicos (CCs) para as unidades de terapia intensiva (UTIs) é complexa e está associada a eventos adversos e danos a pacientes. Os autores formularam a hipótese de que a qualidade da passagem de casos diminui durante a noite e nos finais de semana e que as práticas de passagem de casos à beira do leito são semelhantes entre as UTIs de um mesmo sistema de saúde. Observamos diretamente a passagem de casos à beira do leito do CC para a UTI em 2 UTIs cirúrgicas com diferentes volumes de pacientes. Comparamos indicadores de qualidade da passagem de casos nas UTIs nos dias da semana, nas noites e nos finais de semana, bem como entre as UTIs com volume de pacientes alto e moderado. Na UTI de alto volume, os escores de passagem de casos foram significativamente melhores durante os horários não comerciais, enquanto os outros indicadores não apresentaram diferenças. Os escores da UTI de alto volume foram consistentemente melhores que os da UTI de volume moderado. As práticas de passagem de casos à beira do leito não foram piores durante os horários não comerciais e podem ser melhores em UTIs habituadas a um maior volume de pacientes. Protocolos específicos de passagem de casos devem ser avaliados e ensinados para promover práticas consistentes em diferentes modelos de UTIs e em diferentes momentos.

Resumo Original:

Operating room (OR) to intensive care unit (ICU) handoffs are complex and known to be associated with adverse events and patient harm. The authors hypothesized that handoff quality diminishes during nights/weekends and that bedside handoff practices are similar between ICUs of the same health system. Bedside OR-to-ICU handoffs were directly observed in 2 surgical ICUs with different patient volumes. Handoff quality measures were compared within the ICUs on weekdays versus nights/weekends as well as between the high- and moderate-volume ICUs. In the high-volume ICU, transmitter delivery scores were significantly better during off hours, while other measures were not different. High-volume ICU scores were consistently better than those in the moderate-volume ICU. Bedside handoff practices are not worse during off hours and may be better in ICUs used to a higher patient volume. Specific handoff protocols merit evaluation and training to ensure consistent practices in different ICU models and at different times

Fonte:
American Journal of Medical Quality ; 32(2): 186-193; 2017. DOI: 10.1177/1062860615617238.
Nota Geral: