Percepção dos profissionais sobre a utilização e a utilidade da lista de verificação cirúrgica
Objetivo: Determinar a percepção dos profissionais de saúde sobre o nível de implementação e a utilidade da lista de verificação cirúrgica (LVC) após sua introdução num hospital terciário.
Materiais e métodos: Fizemos um estudo transversal descritivo usando um questionário desenvolvido especialmente para a pesquisa, que foi autopreenchido pelos profissionais. O questionário trazia 5 perguntas sobre a utilidade da LVC, 5 perguntas sobre seu uso, uma pergunta aberta e 4 perguntas de controle. A população-alvo foram os cirurgiões, anestesistas, enfermeiros clínicos e enfermeiros cirúrgicos.
Resultados: A taxa de resposta foi de 73%, variando de 51% a 88%, segundo o perfil do respondente. Quase todos (95,7%) os respondentes declararam que sempre ou quase sempre utilizavam a LVC durante uma cirurgia. Os profissionais de saúde deram uma nota média de 6,6 (numa escala de 1 a 10) para a utilidade da LVC; 11,6% afirmaram que o uso da LVC havia evitado erros; 32,5% consideraram que a LVC é uma ferramenta que melhora a comunicação entre os profissionais; 68% dos respondentes declararam que, caso eles fossem pacientes cirúrgicos, desejariam que a equipe utilizasse a LVC. Os respondentes que afirmaram que a LVC havia evitado erros deram notas mais altas para a utilidade da lista, 1,4 pontos acima da média. Nesse mesmo grupo, 100% afirmaram que desejariam que a LVC fosse utilizada caso eles fossem pacientes e 63,2% consideraram que a comunicação havia melhorado. A experiência profissional ou o gênero do respondente não estiveram associados a diferenças nas notas dadas para a utilidade da LVC.
Conclusões: Os profissionais de saúde utilizam a LVC com muita frequência e consideram que a lista tem utilidade moderada. Os profissionais que têm experiência na prevenção de erros graças à LVC a consideraram mais útil do que aqueles que não observaram a prevenção de um erro.
Objective: To find out the perception of the health care professionals on the level of implementation and the usefulness of the surgical safety checklist (LVQ) after its introduction in a tertiary care hospital.
Material and method: A descriptive cross-sectional study was conducted using a specially designed self-completion questionnaire. This consisted of 5 questions on the usefulness, 5 questions on the use of the LVQ, one open question and 4 control questions. The target population was hospital surgeons, anaesthetists, ward nurses, and surgical nurses.
Results: The response rate was 73%, ranking from 51% to 88% depending on the respondent profile. Almost all (95.7%) of the respondents declared they always or almost always used the LVQ when performing a surgical operation. The health care professionals rated the usefulness of the LVQ with a mean of 6.6 (scale, 1-10); 11.6% mentioned that actual errors had been avoided through the use of the LVQ; 32.5% considered the LVQ as a tool that improves communication between professionals; and 68% of the respondents declared they would like the LVQ to be used if they were surgical patients. Those respondents who answered that the LVQ had prevented errors gave higher usefulness scores, 1.4 above the mean. In this same group, 100% of the respondents would like the LVQ to be used on themselves and 63.2% considered that communication had improved. There were no differences in usefulness scores as regards professional experience or gender.
Conclusions: The health care professionals use the LVQ very frequently, and consider that it has a moderate usefulness. Those professionals with experience of the LVQ preventing errors considered it to be more useful than those who did not experience an error being prevented.
