Preditores das intenções de pacientes de participar da notificação de incidentes e da segurança de medicamentos
Contexto: Até o momento, foram realizados poucos estudos embasados em teoria sobre os prováveis determinantes do envolvimento de pacientes em comportamentos relevantes para a segurança. Em particular, há um número restrito de trabalhos centrados nos preditores de comportamentos de pacientes que não envolvam interações diretas com profissionais de saúde.
Objetivo: Examinar os preditores das intenções de pacientes de apresentarem 2 comportamentos de segurança: (1) notificar um erro a um sistema nacional de notificação e (2) trazer seus medicamentos ao hospital.
Desenho: Estudo transversal baseado em inquéritos.
Participantes: Um total de 80 pacientes clínicos e cirúrgicos com idade entre 18 e 80 anos (média, 48 anos) internados em um hospital universitário da cidade de Londres.
Métodos: Inquérito que mediu a utilidade de construtos do modelo de crença na saúde e da teoria do comportamento planejado para prever as intenções de pacientes de notificar um erro a um sistema nacional de notificação ou de trazer seus medicamentos ao hospital. Os dados foram analisados por meio da análise de regressão múltipla.
Resultados: As crenças de controle foram os preditores mais fortes das intenções dos pacientes. As crenças normativas também foram um preditor forte das intenções de notificar um erro a um sistema nacional de notificação. O modelo de regressão explicou uma menor porcentagem da variação nas intenções dos pacientes de trazer seus medicamentos ao hospital em comparação com as intenções de notificar um erro a um sistema nacional de notificação (37% e 48%, respectivamente).
Conclusões: As intervenções destinadas a incentivar a participação dos pacientes na promoção da sua própria segurança devem considerar em que medida os pacientes se sentem no controle e capazes de executar o comportamento em questão. Isso dará apoio aos pacientes para que trabalhem com os profissionais de saúde a fim de assegurar um cuidado seguro.
Background: To date, there is a paucity of theory-driven research on the likely determinants of patient involvement in safety-relevant behaviors. In particular, very little work has focused on predictors of patient behaviors that do not involve direct interactions with health-care staff.
Objective: To examine predictors of patients' intentions to engage in 2 safety behaviors: (1) reporting an error to a national reporting system and (2) bringing medicines into hospital.
Design: Cross-sectional survey study.
Participants: Eighty medical and surgical hospital inpatients aged 18 to 80 years (mean, 48 years) from one inner city London teaching hospital. Method: Survey that measured the utility of constructs of the health belief model and theory of planned behavior in predicting patients' intentions to report an error to a national reporting system or to bring their medications into hospital. Data were analyzed using multiple regression analysis.
Results: Control beliefs were the strongest predictors of patients' intentions. Normative beliefs were also a strong predictor of intentions to report an error to a national reporting system. The regression model accounted for smaller percentage of the variance in patients' intentions to bring medications into hospital than to report an error to a national reporting system (37% and 48%, respectively).
Conclusions: Interventions aimed at encouraging the participation of patients in promoting their own safety should consider the extent to which patients feel in control and capable of performing the behavior in question; this will help support patients to work with health-care professionals in ensuring safe care.
