Preferências dos pacientes para a participação em atividades do cuidado de saúde e de segurança em hospitais

RINGDAL, M. ; CHABOYER, W. ; ULIN, K. ; BUCKNALL, T. ; OXELMARK, L.
Título original:
Patient preferences for participation in patient care and safety activities in hospitals
Resumo:

Contexto: A participação ativa dos pacientes é uma prioridade de segurança do paciente no cuidado de saúde. No entanto, os pacientes e suas preferências não são bem compreendidos. O objetivo deste estudo foi explorar as preferências dos pacientes internados sobre a participação nas atividades de cuidado e segurança na Suécia.

Métodos: Estudo qualitativo exploratório. Os dados foram coletados ao longo de quatro meses em 2013 e 2014. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 20 pacientes internados em uma das quatro enfermarias clínicas de um hospital universitário na Suécia. Os dados foram examinados usando a análise temática.

Resultados: Foram incluídos 9 homens e 11 mulheres, com idade média de 72 anos (intervalo, 22 a 89). A análise temática revelou cinco temas: o apoio à participação; a compreensão permite a participação; a participação permite pôr em prática a segurança do paciente; impedimentos à participação; e o significado da participação. Este estudo demonstrou que os pacientes queriam ser participantes ativos em suas atividades de cuidado e segurança, tendo voz e fazendo parte do processo decisório, compartilhando informações e obtendo conhecimento sobre suas doenças. Todos estes fatores eram facilitadores para a participação dos pacientes. No entanto, diversas barreiras impedem a participação, como desequilíbrios de poder, a baixa acuidade do paciente e as suas incertezas. A participação dos pacientes nas atividades de cuidado e segurança parece determinar se eles se sentem seguros ou ignorados.

Conclusão: Este estudo contribui para a literatura existente com evidências fundamentais sobre a disposição dos pacientes para participar de atividades de cuidado e segurança. A promoção da participação dos pacientes começa por compreender as suas preferências e necessidades únicas em relação ao cuidado, estabelecer uma boa relação e prestar atenção à capacidade de cada paciente de participar, apesar da sua doença.

Resumo Original:

Background: Active patient participation is a patient safety priority for health care. Yet, patients and their preferences are less understood. The aim of the study was to explore hospitalised patients' preferences on participation in their care and safety activities in Sweden.

Methods: Exploratory qualitative study. Data were collected over a four-month period in 2013 and 2014. Semi-structured interviews were conducted with 20 patients who were admitted to one of four medical wards at a university hospital in Sweden. Data were analysed using thematic analysis.

Results: Nine men and eleven women, whose median age was 72 years (range 22-89), were included in the study. Five themes emerged with the thematic analysis: endorsing participation; understanding enables participation; enacting patient safety by participation; impediments to participation; and the significance of participation. This study demonstrated that patients wanted to be active participants in their care and safety activities by having a voice and being a part of the decision-making process, sharing information and possessing knowledge about their conditions. These factors were all enablers for patient participation. However, a number of barriers hampered participation, such as power imbalances, lack of patient acuity and patient uncertainty. Patients' participation in care and patient safety activities seemed to determine whether patients were feeling safe or ignored.

Conclusion: This study contributes to the existing literature with fundamental evidence of patients' willingness to participate in care and safety activities. Promoting patient participation begins by understanding the patients' unique preferences and needs for care, establishing a good relationship and paying attention to each patient's ability to participate despite their illness.

Fonte:
BMC nursing ; 16(69): 2-8; 2017. DOI: 10.1186/s12912-017-0266-7.