As prescrições verbais são uma ameaça à segurança do paciente?
Contexto: O uso de prescrições verbais foi identificado como um fator que potencialmente contribui para a má qualidade e a menor segurança no cuidado. Por isso, muitas organizações têm encorajado a modificação do processo de prescrições verbais e/ou a redução/eliminação total das prescrições verbais (Joint Commission [2005], Institute of Medicine [2001], Leapfrog Organisation, Institute of Safe Medication Practices). Ironicamente, há poucas evidências para corroborar essa disseminada preocupação com as prescrições verbais.
Objetivos: Este artigo descreve as pesquisas existentes, muito limitadas, sobre prescrições verbais, apresenta um modelo de uso de prescrições verbais identificado possíveis fatores desencadeadores de erros e sugere um programa de pesquisa sobre prescrições verbais para entendermos melhor a natureza e a extensão da ameaça potencial à segurança do paciente representada por elas.
Background: The use of verbal orders has been identified as a potential contributor to poor quality and less safe care. As a result, many organisations have encouraged changing the verbal orders process and/or reducing/eliminating verbal orders altogether (Joint Commission (2005), Institute of Medicine (2001), Leapfrog organisation, Institute of Safe Medication Practices). Ironically there is a paucity of research evidence to support the widespread concern over verbal order.
Aims: This paper describes the very limited existing research on verbal orders, presents a model of verbal order use identifying potential error trigger points and suggests a verbal order research agenda in order to better understand the nature and extent of the potential patient care safety threat posed by verbal orders.