Prevenção de quedas em ambientes hospitalares de cuidados agudos: projeto para auditar várias unidades e implantar as melhores práticas

STEPHENSON, M. ; MCARTHUR, A. ; GILES, K. ; LOCKWOOD, C. ; AROMATARIS, E. ; PEARSEON, A.
Título original:
Prevention of falls in acute hospital settings: a multi-site audit and best practice implementation project
Resumo:

Objetivo: Avaliar as práticas de prevenção de quedas em hospitais australianos e implementar intervenções para promover as melhores práticas.

Desenho: Auditoria de várias unidades usando oito critérios de auditoria baseados em evidência. Seguindo uma auditoria de linha de base, as barreiras à conformidade foram identificadas e tratadas. Dois ciclos de auditoria de acompanhamento avaliaram a sustentabilidade da mudança de práticas.

Ambiente: Nove hospitais de cuidado de pacientes agudos espalhados pela Austrália, tanto públicos quanto privados. De cada hospital, foram envolvidas uma ala médica e uma ala cirúrgica.

Participantes: Um líder clínico de cada hospital, capacitado em implementação de evidências, conduziu as auditorias e a implantação de estratégias nos seus ambientes.

Intervenções: Foram utilizadas intervenções para a prevenção de quedas com múltiplos componentes, desenhadas para cada barreira específica à adesão identificada em cada hospital. As intervenções mais comuns envolveram a educação dos profissionais de saúde e dos pacientes.

Principal medida de resultado: Percentual de conformidade aos critérios de auditoria da prevenção de quedas e mudança na adesão entre as auditorias de linha de base e as de acompanhamento. Também foram analisados os dados relativos às taxas de quedas.

Resultados: A média geral de conformidade na auditoria de linha de base em todos os hospitais foi de 50,4% (variação de 30,8-76,6%). No primeiro acompanhamento, essa média aumentou para 74,5% (variação de 59,4-87,4%) e se manteve no segundo acompanhamento (74,1%, variação de 48,6-84,4%). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre as taxas de conformidade nas alas médicas e as taxas de adesão nas alas cirúrgicas, nem entre hospitais públicos versus hospitais particulares. Apesar da manutenção da melhoria das práticas, não houve mudança nas taxas de quedas notificadas. O foco na educação dos profissionais de saúde pode ter levado a uma melhoria na notificação de quedas, o que pode explicar a aparente falta de efeito sobre as taxas de quedas.

Conclusões: A auditoria clínica e o feedback compõem uma estratégia eficaz para promover a melhoria da qualidade nas práticas de prevenção de quedas em ambientes hospitalares de cuidados agudos.

Resumo Original:

Objective: To assess falls prevention practices in Australian hospitals and implement interventions to promote best practice.

Design: A multi-site audit using eight evidence-based audit criteria. Following a baseline audit, barriers to compliance were identified and targeted. Two follow-up audit cycles assessed the sustainability of practice change.

Setting: Nine acute care hospitals around Australia, including a mix of public and private. One medical ward and one surgical ward from each hospital were involved.

Participants: A clinical leader from each hospital, trained in evidence implementation, conducted the audits and implementation strategies in their setting.

Interventions: Multi-component falls prevention interventions were utilized, designed to target specific barriers to compliance identified at each hospital. Common interventions involved staff and patient education.

Main Outcome Measure: Percentage compliance with falls prevention audit criteria and change in compliance between baseline and follow-up audits. Fall rate data were also analysed.

Results: Mean overall compliance at baseline across all hospitals was 50.4% (range 30.8–76.6%). At the first follow-up, this had increased to 74.5% (range 59.4–87.4%), which was sustained at the second follow-up (74.1%, range 48.6–84.4%). There were no statistically significant differences between compliance rates in medical versus surgical wards or in private versus public hospitals. Despite sustained practice improvement, reported fall rates remained unchanged. The focus on staff education possibly led to improved reporting of falls, which may explain the apparent lack of effect on fall rates.

Conclusions: Clinical audit and feedback is an effective strategy to promote quality improvement in falls prevention practices in acute hospital settings.

Fonte:
International Journal for Quality in Health Care : Journal of the International Society for Quality in Health Care / ISQua. ; 28(1): 92 - 98; 2015. DOI: 10.1093/intqhc/mzv113.
Nota Geral:

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