Protocolização da analgesia e sedação por meio de tecnologia inteligente em terapia intensiva: melhorando a segurança do paciente

Isabel Muñoz Ojeda ; Marina Sánchez-Cuervo ; Ángel Candela-Toha ; Dolores R Serrano-López ; Teresa Bermejo-Vicedo ; Juan Miguel Alcaide-López-de-Lerma
Título original:
Protocolization of Analgesia and Sedation Through Smart Technology in Intensive Care: Improving Patient Safety
Resumo:

Contexto: O risco de erros de medicação em unidades de terapia intensiva é alto, principalmente na fase de administração de medicamentos. Problema Local: A gestão de medicamentos de alto risco em unidades de terapia intensiva do centro estudado apresenta grandes variações. O objetivo deste projeto de melhoria da qualidade foi protocolizar e centralizar a gestão de medicamentos de alto risco em ambientes de cuidado agudo e implementar a tecnologia de bomba de infusão intravenosa inteligente nas unidades de terapia intensiva. Métodos: O projeto foi conduzido em 4 fases: (1) protocolização e padronização de misturas intravenosas, (2) centralização da preparação de misturas intravenosas no Serviço de Farmácia, (3) programação das bombas inteligentes e (4) disseminação e implementação em fases dos protocolos de misturas intravenosas. Foram usadas bombas inteligentes (Alaris, CareFusion) para administrar os medicamentos, e o software do fabricante (Alaris Guardrails, CareFusion) foi usado para analisar dados sobre a adesão à biblioteca de medicamentos e o número de erros de programação detectados. Resultados: O estudo examinou o uso de morfina, remifentanil, fentanil, midazolam, dexmedetomidina e propofol. Após a implementação das bombas inteligentes, foram iniciadas 3.283 infusões; destas, 2.198 foram programadas através da biblioteca de medicamentos, indicando 67% de conformidade com o software de segurança. As bombas interceptaram 398 erros de programação relacionados à infusão, que levaram ao cancelamento ou à reprogramação da infusão de medicamentos. Conclusões: A protocolização e centralização da preparação de medicamentos sedativos e analgésicos de alto risco em pacientes gravemente doentes e a administração desses medicamentos usando a tecnologia de bombas inteligentes diminuem a variabilidade da prática clínica e permitem interceptar erros de medicação potencialmente graves.
 

Resumo Original:

Background The risk of medication errors in intensive care units is high, primarily in the drug administration phase. Local Problem Management of high-alert medications within intensive care units in the study institution varied widely. The aim of this quality improvement project was to protocolize and centralize the management of high-alert medications in acute care settings and to implement smart intravenous infusion pump technology in intensive care units. Methods The project was conducted in 4 phases: (1) protocolization and standardization of intravenous mixtures, (2) centralization of intravenous mixture preparation in the Pharmacy Department, (3) programming of the smart pumps, and (4) dissemination and staged implementation of intravenous mixture protocols. Smart pumps (Alaris, CareFusion) were used to deliver the medicines, and the manufacturer’s software (Alaris Guardrails, CareFusion) was used to analyze data regarding adherence to the drug library and the number of programming errors detected. Results Morphine, remifentanil, fentanyl, midazolam, dexmedetomidine, and propofol were included. After implementation of the smart pumps, 3283 infusions were started; of these, 2198 were programmed through the drug library, indicating 67% compliance with the safety software. The pumps intercepted 398 infusion-related programming errors that led to cancellation or reprogramming of drug infusions. Conclusions Protocolization and centralization of the preparation of high-alert sedative and analgesic medications for critically ill patients and the administration of these drugs using smart pump technology decrease variability of clinical practice and intercept potentially serious medication errors. 

Fonte:
Critical Care Nurse ; 43(4): 30-38; 2023. DOI: 10.4037/ccn2023271.