Qualidade do cuidado, segurança do paciente e resultados de enfermagem em hospitais que atendem pacientes economicamente desfavorecidos: um caso de investimento em enfermagem
Procuramos avaliar se melhores ambientes de trabalho ou pessoal estavam associados a melhorias na qualidade do cuidado, na segurança do paciente e nos resultados de enfermagem em hospitais que cuidam de diferentes proporções de pacientes economicamente desfavorecidos. Existem poucas abordagens viáveis para hospitais com déficits de qualidade e recursos. Uma solução pode ser investir no ambiente de trabalho e na equipe de enfermagem. Este estudo transversal utilizou dados secundários de 23.629 enfermeiros em 503 hospitais de uma pesquisa em quatro estados, coletados em 2005–2008. Cada aumento de 10% na proporção de pacientes economicamente desfavorecidos foi associado a 27% e 22% de redução das chances de classificar a qualidade dos cuidados ao nível da unidade como excelente e de dar um grau de segurança "A", respectivamente. Cada aumento de 10% também foi associado a 9%, 25% e 11% de aumento das chances de insatisfação no trabalho, de intenção de sair e de esgotamento profissional, respectivamente. O ambiente de trabalho teve a maior associação com cada desfecho. Levar em consideração o ambiente de trabalho do enfermeiro diminuiu ou eliminou os resultados negativos experimentados em hospitais que atendem altas proporções de pacientes economicamente desfavorecidos. Os líderes de hospitais que atendem altas proporções de pacientes economicamente desfavorecidos, bem como os formuladores de políticas estaduais e federais, devem trabalhar para melhorar a qualidade, a segurança e os resultados de enfermagem, fortalecendo os ambientes de trabalho dos enfermeiros. A melhoria dos ambientes de trabalho destaca o papel da enfermagem no sistema de saúde, sendo necessárias políticas voltadas aos ambientes de trabalho para melhorar as experiências dos pacientes e dos enfermeiros, especialmente nos hospitais que atendem muitos pacientes economicamente desfavorecidos.
We sought to evaluate if better work environments or staffing were associated with improvements in care quality, patient safety, and nurse outcomes across hospitals caring for different proportions of patients who are economically disadvantaged. Few actionable approaches for hospitals with quality and resource deficits exist. One solution may be to invest in the nurse work environment and staffing. This cross-sectional study utilized secondary data from 23,629 registered nurses in 503 hospitals from a four-state survey collected in 2005–2008. Each 10% increase in the proportion of patients who are economically disadvantaged was associated with 27% and 22% decreased odds of rating unit-level care quality as excellent and giving an “A” safety grade, respectively. Each 10% increase was also associated with 9%, 25%, and 11% increased odds of job dissatisfaction, intent to leave, and burnout, respectively. The work environment had the largest association with each outcome. Accounting for the nurse work environment lessened or eliminated the negative outcomes experienced at hospitals serving high proportions of patients who are economically disadvantaged. Leaders at hospitals serving high proportions of patients who are economically disadvantaged, as well as state and federal policymakers, should work to improve quality, safety, and nurse outcomes by strengthening nurse work environments. Improving work environments highlights the role of nursing in the health care system, and policies focused on work environments are needed to improve the experiences of patients and nurses, especially at hospitals that care for many patients who are economically disadvantaged.
